A velocidade nos exercícios de força
A velocidade nos exercícios de força importa. Não há problema em treinar como um caracol por um tempo enquanto seus músculos se acostumam. No entanto, é hora de alternar diferentes velocidades para explorar a força, a resistência e a potência no exercício. É hora de melhorar sua técnica!
Os exercícios de força com diferentes velocidades têm sido aplicados há décadas, mas não foi até recentemente que se popularizou graças ao uso da tecnologia. O marketing conseguiu criar diferentes aplicativos e dispositivos que giram em torno da velocidade, como codificadores, acelerômetros e aplicações.
Exercícios de força
Antes de entrar em detalhes de velocidade, devemos definir o que são os exercícios de força. O treinamento de força é toda atividade física que envolve a contração muscular para aumentar a resistência anaeróbica e, assim, alcançar a hipertrofia.
Com o tempo, diferentes técnicas para o desenvolvimento muscular foram criadas. Temos a pré-exaustão, a propriocepção, as 100 repetições, entre outras.
Além disso, em alguns exercícios de força, diferentes máquinas e pesos são utilizados para otimizar o treinamento. Por exemplo, o supino, levantamento terra, barra, agachamento com pesos, entre outros.
A velocidade no exercícios de força
Geralmente durante os exercícios e treinos é dada mais importância à técnica e às repetições do que à velocidade. Mas, no que diz respeito aos exercícios de força, que, como o nome indica, buscam desenvolver a força, a velocidade é uma variável significativa.
Estudos têm relevado que em exercícios como o supino no banco, denominado exercício de carga estável, ocorre uma mudança em potência, resistência e hipertrofia quando a execução é lenta. Mas, vale destacar que existem dois tipos de movimentos lentos:
- Quando a intensidade do exercício é tal que o deslocamento não pode ser executado a uma velocidade superior involuntariamente.
- Quando a lentidão é intencional, ou seja, o indivíduo realiza o exercício com baixa velocidade tendo a possibilidade de aumentá-lo.
Nenhum deles é prejudicial, mas eles têm propósitos diferentes. Os movimentos intensos de baixa velocidade involuntária estimulam a resistência e a potência no exercício. Por outro lado, os movimentos lentos intencionalmente geram uma espécie de adaptação de hipertrofia.
No que influencia a lentidão e a rapidez?
Tudo isso significa que, ao aplicar diferentes velocidades em um exercício, diferentes resultados são obtidos. Através dos exercícios de força, o que é mais procurado é aumentar a massa muscular, e o tecido muscular é composto de fibras musculares:
- Fibras tipo I: são de contração lenta e menos fortes que as de tipo II. São o fornecimento constante de oxigênio e energia para os exercícios anaeróbicos.
- Fibras tipo II: são de contração moderadamente rápida. Possuem algumas características do tipo I, mas podem se contrair mais rapidamente e com mais força.
- Fibras tipo III: essa fibra é semelhante às demais. No entanto, são de contração bastante rápida e com mais força durante curtos períodos.
As fibras com maior capacidade de hipertrofia são as do tipo II e III. Portanto, se você deseja ganhar músculo, o mais recomendável é aumentar a velocidade intencionalmente nos exercícios de força.
Por outro lado, isso não significa que você deve eliminar em sua totalidade os exercícios de contração lenta, deve haver um equilíbrio entre as fibras musculares.
Recomendações finais
Não ignore o fator velocidade, ele é fundamental em termos de crescimento muscular. Algo que você deve ter em mente é aumentar a velocidade gradualmente, desde que a execução do exercício seja realizada corretamente.
Isto significa que, até que você esteja completamente confortável com um exercício e o execute sem erros, você não deve aumentar a velocidade.
Se você aumentar a velocidade de um exercício que não domina, corre o risco de se lesionar devido a uma má execução. Além de que, ao não realizar o exercício corretamente, você também não estará trabalhando os músculos, o que será como treinar em vão.
Portanto, se estiver dentro da sua capacidade, varie os treinos com diferentes velocidades e você notará a diferença. Você sempre deve exigir mais e seguir em frente. Lembre-se de se hidratar e comer bem, pois os exercícios de força são bastante exigentes.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Westing, S. H., Seger, J. Y., Karlson, E., & Ekblom, B. (1988). Eccentric and concentric torque-velocity characteristics of the quadriceps femoris in man. European Journal of Applied Physiology and Occupational Physiology, 58(1–2), 100–104. https://doi.org/10.1007/BF00636611
- SEBASTIAN BUITRAGO, 1, NICOLAS WIRTZ, 1 ZENGYUAN YUE, 1 HEINZ KLEINO ¨ DER, 1 AND, & MESTER, J. (2013). Mechanical Load And Physiological Responses Of Four Different Resistance Trainingmethods In Bench Press Exercise. Buitrago, Sebastian Wirtz, Nicolas Yue, Zengyuan Kleino, Heinz Mester, Joachim, 27(4), 1091–1100. https://doi.org/10.1519/JSC.0b013e318260ec77
- Housh, D. J., Housh, T. J., Johnson, G. O., & Chu, W. K. (1992). Hypertrophic response to unilateral concentric isokinetic resistance training. Journal of Applied Physiology, 73(1), 65–70. https://doi.org/10.1152/jappl.1992.73.1.65
- Nilwik, R., Snijders, T., Leenders, M., Groen, B. B. L., van Kranenburg, J., Verdijk, L. B., & Van Loon, L. J. C. (2013). The decline in skeletal muscle mass with aging is mainly attributed to a reduction in type II muscle fiber size. Experimental Gerontology, 48(5), 492–498. https://doi.org/10.1016/j.exger.2013.02.012
- Lexell, J., Taylor, C. C., & Sjöström, M. (1988). What is the cause of the ageing atrophy?. Total number, size and proportion of different fiber types studied in whole vastus lateralis muscle from 15- to 83-year-old men. Journal of the Neurological Sciences, 84(2–3), 275–294. https://doi.org/10.1016/0022-510X(88)90132-3
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.