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Vitamina B12: sua importância e riscos em caso de déficit

4 minutos
O quanto você sabe sobre a vitamina B12? A seguir, vamos mostrar alguns dados importantes sobre esse micronutriente.
Vitamina B12: sua importância e riscos em caso de déficit
Última atualização: 09 fevereiro, 2020

A vitamina B12, também conhecida como cobalamina, pertence ao grupo das vitaminas hidrossolúveis. Tem uma estrutura corrinoide e, como veremos mais adiante, é muito importante para o organismo, especialmente para a população vegana.

Formas na qual pode ser encontrada

Dependendo do estado em que for encontrada, podemos diferenciar dois grupos:

  • Formas fisiológicas: a5-desoxiadenosilcobalamina é a mais comum e pode ser encontrada em alguns alimentos. Enquanto isso, a metilcobalamina corresponde à sua forma plasmática.
  • Formas não fisiológicas: ahidroxocobalamina é a forma mais comum presente nos alimentos e é comum em fórmulas injetáveis. Por sua vez, a cianocobalamina é a forma mais comum de suplementação. 

Funções da vitamina B12

Assim como muitas vitaminas do complexo B, a vitamina B12 atua como uma coenzima. Algumas de suas funções mais relevantes são:

  • Participa de reações metabólicas importantes: O succinil-coA é um dos intermediários no ciclo de Krebs e está envolvido na obtenção de energia. Também é necessária para a conversão da homocisteína em metionina. Se houver um déficit de vitamina B12, ocorre um acúmulo de homocisteína, o que pode gerar um problema cardíaco.
  • Síntese e maturação dos glóbulos vermelhos.
  • É necessária para a síntese do DNA durante a divisão celular. Esse processo deve ser feito rapidamente, para garantir a duplicação correta do DNA. Diante de um déficit de vitamina B12, B9 (ácido fólico) ou de ambas, as células não são capazes de duplicar o DNA. Como não consegue se dividir, a célula cresce e dá origem a megaloblastos, que são células sanguíneas cujo tamanho é anormal.
  • Manutenção do sistema nervoso: a vitamina B12 participa da preservação da bainha de mielina dos neurônios.
  • Síntese de lipídios neuronais e produção de neurotransmissores.
  • Síntese de proteínas e aminoácidos.
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Deficiência de vitamina B12

A principal causa do déficit é a dieta vegetariana ou vegana, mas nem sempre isso ocorre por causa da dieta. Baixos níveis de vitamina B12 podem levar à anemia perniciosa, um tipo de anemia megaloblástica, ou seja, relacionada a um tamanho aumentado dos glóbulos vermelhos.

Ocorre devido a um déficit de fator intrínseco ou problemas em sua secreção (o que é chamado de causa autoimune). O fator intrínseco é necessário para a absorção intestinal da vitamina B12.

É necessário ter cuidado, porque se for adicionado ácido fólico suficiente à dieta, a anemia pode ser mascarada. Isso é conhecido como armadilha dos folatos, sobre a qual vamos nos aprofundar nas seções a seguir.

Conforme mencionado, também existem deficiências de origem não dietética, motivadas por outras causas, tais como as seguintes:

  • Gastrite atrófica: a própria atrofia das paredes da mucosa gástrica causa falhas na produção do fator intrínseco.
  • Presença de anticorpos contra o fator intrínseco.
  • Doenças autoimunes, como a doença de Addison, por exemplo.
  • Doença celíaca.
  • Doença de Crohn.
  • Ressecção gástrica.
  • Ressecção do íleo.
  • Insuficiência pancreática.
  • Hipocloridria ou acloridria (baixa ou nenhuma produção de ácido clorídrico).
  • Alcoolismo.
  • Consumo de certos medicamentos, como o omeprazol, por exemplo.
  • Supercrescimento bacteriano (SIBO).
  • Aquilia (falta de pepsina no suco gástrico e de ácido clorídrico).
  • Anemia perniciosa na infância devido a defeito genético-hereditário.
  • A idade avançada é um fator de risco. Pessoas com mais de 50 anos devem tomar suplementos por precaução ou, pelo menos, revisar os marcadores apropriados em exames.

Sintomatologia em caso de déficit de vitamina B12

Caso haja uma deficiência desse nutriente, os seguintes sintomas podem ocorrer:

  • Anemia com megaloblastose.
  • Anorexia.
  • Glossite.
  • Parestesia.
  • Ataxia.
  • Disfunção neurológica.
  • Sintomas mentais, tais como alterações de personalidade, irritabilidade, alteração da memória, depressão, demência, psicose com alucinações e paranoia.
  • Esquizofrenia paranoide.
  • Danos no nervo óptico.

Em geral, se há falta de vitamina B12, podem ocorrer danos neurológicos irreversíveis. Por essa razão, o diagnóstico precoce é necessário.

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Como saber se temos bons níveis de vitamina B12?

O exame mais completo para verificar se há um déficit de vitamina B12 inclui os níveis plasmáticos de vitamina B12, a homocisteína e o ácido metilmalônico. Um exame que contemple apenas a B12 sérica é incompleto, pois não discrimina entre os análogos e a B12 ativa.

Os análogos da vitamina B12 são estruturas corrinoides que contêm cobalto, mas não possuem atividade vitamínica. Essas estruturas não atuam como B12 ativa e podem distorcer a análise, uma vez que contam como cobalamina total.

Por esse motivo, é necessário ter cuidado com o consumo de algas marinhas ou produtos fermentados. De qualquer forma, o mais cauteloso é estudar cada caso de maneira específica e individualizada.

Fontes de vitamina B12

Somente os produtos de origem animal são uma fonte confiável de vitamina B12. Alguns produtos de origem vegetal são fortificados, mas é preciso ter cuidado porque esses produtos geralmente têm alto teor de açúcar.

Suplementação

Os veganos, por não consumirem alimentos de origem animal, requerem suplementação de vitamina B12. As pessoas ovolactovegetarianas também devem tomar suplementos por precaução uma vez que, muito provavelmente, nem todos os dias o seu consumo é adequado.

Em relação às diferentes formas de vitamina B12, é sempre aconselhável suplementar com a cianocobalamina, pois esta é a forma mais segura e barata.

A hidroxocobalamina geralmente é encontrada em forma injetável. Ela pode ser recomendada quando a cianocobalamina for contraindicada, como ocorre no caso dos fumantes. 

Quanto à dose recomendada, existem diferentes protocolos de manutenção, dependendo do estado vitamínico inicial. É sempre melhor procurar um especialista (nutricionista) para fazer uma avaliação mais completa e individualizar a ingestão de acordo com as necessidades de cada paciente.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.