Logo image
Logo image

Você conhece a composição nutricional da Spirulina?

4 minutos
Você já ouviu falar da spirulina? É um complemento que pode ser muito benéfico, mas cujo uso deve sempre ser supervisionado por um profissional.
Você conhece a composição nutricional da Spirulina?
Última atualização: 13 janeiro, 2020

Você ainda não conhece a spirulina, o suplemento alimentar que está na moda? Neste artigo, mostraremos do que ele é feito e os benefícios que seu consumo traz para a saúde. De certa forma e com o uso adequado, pode ser um recurso muito importante para evitar deficiências nutricionais.

Origem e descrição da spirulina

Embora pareça impensável, a descoberta desse elemento ocorreu há vários séculos. Foi chamado de ‘Tcuitlatl’ ou ‘Dihe’ pela antiga civilização asteca. É o que conhecemos hoje como um alimento revolucionário: a spirulina.

Atualmente, existem diferenças quanto à sua terminologia. Às vezes é chamado de ‘cianobactérias’ e às vezes como algas verde-azuladas. De qualquer forma, a spirulina pode ser administrada por via oral, tanto como produto natural comestível quanto na sua adaptação em comprimidos ou pó para batidas.

O que esse recurso alimentar contém que o levou ao topo das vendas de suplementos saudáveis? Uma das suas virtudes mais importantes tem a ver com a complementação esportiva e nutricional, bem como com o possível apoio ao tratamento de doenças como a obesidade ou pressão alta.

Composição nutricional da spirulina

Embora os números variem um pouco dependendo da marca que fornece o suplemento alimentar, a seguir, detalharemos as quantidades por 100 gramas de spirulina:

  • Calorias: 290 (0.90 quilocalorias).
  • Gorduras totais: 8 gramas.
  • Carboidratos: 24 gramas.
  • Proteínas: 57 gramas.
  • Fibra: 3,6 gramas.
  • Sal: 1,9 gramas
  • Gramas restantes: vitaminas e minerais.
Some figure

Informação nutricional detalhada

Na próxima seção, detalharemos alguns dos seus componentes mais importantes e seus consequentes benefícios fisiológicos.

Vitaminas

A maioria das vitaminas não pode ser produzida pelo organismo. Portanto, precisamos de uma contribuição externa na quantidade adequada. O coquetel de vitaminas que a spirulina contém é o seguinte:

  • B1 (tiamina): tem um papel importante no metabolismo de carboidratos, gorduras ou proteínas, além de regular o sistema nervoso central.
  • B2 (riboflavina): essencial para a saúde ocular adequada e a hidratação da pele. Sua deficiência na alimentação diária pode causar problemas orais e faríngeos.
  • B3 (niacina): participa da síntese de alguns hormônios, além de ser essencial nos estágios de crescimento.
  • B5 (ácido pantotênico): fator chave para a saúde adequada dos folículos capilares – cabelos – e até para controlar a acne.
  • B6 (piridoxina): atua para regular o humor através de neurotransmissores no cérebro.
  • B8 (biotina): alivia a dor muscular e ajuda a reduzir a insônia.
  • B9 (ácido fólico): essencial em mulheres grávidas para a correta formação do feto.

Além dos citados aqui, também possui betacaroteno, vitamina E, vitamina K e inositol.

Minerais

Os minerais têm uma função reguladora do corpo. Contribuem, entre outros aspectos, para o metabolismo de macronutrientes, muito presentes na spirulina. Os mais proeminentes nesse suplemento são os seguintes:

  • Fósforo: é responsável pela conservação e reparação dos tecidos, além de atuar no metabolismo de células como os espermatozoides.
  • Ferro: aumenta a produção de glóbulos vermelhos e seu déficit pode causar anemia.
  • Magnésio: sua falta no corpo pode causar fadiga física e até contrações musculares involuntárias.
  • Cálcio: atua na construção e manutenção de ossos e dentes.
  • Potássio: regula o equilíbrio celular e a atividade muscular.
  • Zinco: indiretamente, aumenta a testosterona no sangue.
  • Sódio: tem papel fundamental na transmissão dos impulsos nervosos, por exemplo, para o músculo.
  • Manganês: executa sua função, favorecendo o sistema imunológico.

Aminoácidos essenciais

São compostos indispensáveis ​​nas funções estruturais do corpo, como a reparação e a manutenção dos tecidos. Na spirulina, os aminoácidos são os componentes com maior presença.

  • Leucina: causa maior resistência muscular ao trabalho com cargas externas. Por exemplo, exercícios de força na academia.
  • Fenilalanina: conhecido como antidepressivo natural.
  • Isoleucina: ajuda a reparar e manter o tecido muscular.
  • Lisina: além de regular o colesterol, tem papel fundamental no crescimento muscular.
  • Triptofano: existem evidências do seu efeito ansiolítico no cérebro humano.
  • Histidina: contribui para o fortalecimento de redes do sistema nervoso.

Além de tudo isso listado acima, a spirulina também inclui aminoácidos não essenciais, tais como: alanina, arginina, ácido aspártico, cisteína, glutamina, glicina, prolina, serina e tirosina.

Some figure

Ácidos graxos

Os ácidos graxos são uma importante fonte de energia. Todo corpo saudável deve ter níveis adequados desses componentes.

  • Ácido linolênico: pode ajudar a prevenir certos tipos de câncer, além de regular a pressão arterial.
  • Ácido linoleico: reduz os níveis de gordura corporal saturada e possui propriedades anti-inflamatórias.
  • Ácido oleico: melhora as defesas através da ativação linfocitária.

Conclusão final sobre a spirulina

Em conclusão, é conveniente salientar que ainda são necessários mais e melhores estudos científicos rigorosos para provar os benefícios do consumo da spirulina para enfrentar certas doenças. Hoje, não há evidências suficientes para demonstrar com solidez que ela é útil para o tratamento direto de patologias ou doenças.

No entanto, o poder nutricional da spirulina para apoiar uma dieta rica em nutrientes é claramente conhecido. Dessa forma, podem ser evitadas deficiências no consumo alimentar diário, o que leva a um bom funcionamento do corpo e a um melhor desempenho esportivo.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  •  Margulis, L. y Sagan, D. 2002. Acquiring genomes. A theory of the origins of species. Perseus Books Group.
  • Ciferri, O. (1983). “Spirulina, the edible microorganism”. Microbiological reviews 47 (4): 551–578. 
  • Vonshak, A. (ed.). Spirulina platensis (Arthrospira): Physiology, Cell-biology and Biotechnology. London: Taylor & Francis, 1997.
  • «Nutrient-rich algae from Chad could help fight malnutrition» (en inglés). Septiembre de 2017.
  • Abalde, J.; Cid, A.; Fidalg o, P.; Torres, E.; Herrero, C. (1995), Microalgas: cultivo y aplicaciones 210
  • Watanabe F (2007) “Vitamin B12 sources and bioavailability.” PMID 17959839
  • Cingi C et al. (2008) “The effects of spirulina on allergic rhinitis.” PMID 18343939
  • Torres-Durán et al. (2007) “Antihyperlipemic and antihypertensive effects of Spirulina maxima in an open sample of Mexican population: a preliminary report.” PMID 18039384.
  •  Park HJ et al. (2008) “A randomized double-blind, placebo-controlled study to establish the effects of spirulina in elderly Koreans.” https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18714150.
  • AFAA (1982)
    Association française pour l’algologie appliquée
    Actes du premier symposium sur la spiruline Spirulina Platensis (Gom.) Geitler de l’AFAA.
  • Anusuya D. m. et Venkataraman L. V., (1983).
    Supplementary value of the proteins of the blue green algae Spirulina platensis to rice and wheat
    proteins.
    Nutr. Rep. Internat., 28:1029-1035.
  • Belay A. (1997).
    Mass culture of Spirulina platensis – The Earthrise farms Experience.
    In “Spirulina platensis (Arthrospira)” Ed. Avigad Vonshak, Taylor & Francis, Londre, pp.131-158.
  • Alvarenga, R. R., Rodrigues, P. B., Cantarelli, V. de S., Zangeronimo, M. G., Júnior, J. W. da S., da Silva, L. R., … Pereira, L. J. (2011). Energy values and chemical composition of spirulina (Spirulina platensis) evaluated with broilers. Revista Brasileira de Zootecnia. https://doi.org/10.1590/S1516-35982011000500008
  • Boudene, C., Collas, E., & Jenkins, C. (1975). [Determination of various toxic minerals in spiruline algae of different origins, and evaluation of long-term toxicity in the rat of a lot of spiruline algae of Mexican origin]. Annales de La Nutrition et de l’alimentation.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.