Você conhece a composição nutricional da Spirulina?
Você ainda não conhece a spirulina, o suplemento alimentar que está na moda? Neste artigo, mostraremos do que ele é feito e os benefícios que seu consumo traz para a saúde. De certa forma e com o uso adequado, pode ser um recurso muito importante para evitar deficiências nutricionais.
Origem e descrição da spirulina
Embora pareça impensável, a descoberta desse elemento ocorreu há vários séculos. Foi chamado de ‘Tcuitlatl’ ou ‘Dihe’ pela antiga civilização asteca. É o que conhecemos hoje como um alimento revolucionário: a spirulina.
Atualmente, existem diferenças quanto à sua terminologia. Às vezes é chamado de ‘cianobactérias’ e às vezes como algas verde-azuladas. De qualquer forma, a spirulina pode ser administrada por via oral, tanto como produto natural comestível quanto na sua adaptação em comprimidos ou pó para batidas.
O que esse recurso alimentar contém que o levou ao topo das vendas de suplementos saudáveis? Uma das suas virtudes mais importantes tem a ver com a complementação esportiva e nutricional, bem como com o possível apoio ao tratamento de doenças como a obesidade ou pressão alta.
Composição nutricional da spirulina
Embora os números variem um pouco dependendo da marca que fornece o suplemento alimentar, a seguir, detalharemos as quantidades por 100 gramas de spirulina:
- Calorias: 290 (0.90 quilocalorias).
- Gorduras totais: 8 gramas.
- Carboidratos: 24 gramas.
- Proteínas: 57 gramas.
- Fibra: 3,6 gramas.
- Sal: 1,9 gramas
- Gramas restantes: vitaminas e minerais.
Informação nutricional detalhada
Na próxima seção, detalharemos alguns dos seus componentes mais importantes e seus consequentes benefícios fisiológicos.
Vitaminas
A maioria das vitaminas não pode ser produzida pelo organismo. Portanto, precisamos de uma contribuição externa na quantidade adequada. O coquetel de vitaminas que a spirulina contém é o seguinte:
- B1 (tiamina): tem um papel importante no metabolismo de carboidratos, gorduras ou proteínas, além de regular o sistema nervoso central.
- B2 (riboflavina): essencial para a saúde ocular adequada e a hidratação da pele. Sua deficiência na alimentação diária pode causar problemas orais e faríngeos.
- B3 (niacina): participa da síntese de alguns hormônios, além de ser essencial nos estágios de crescimento.
- B5 (ácido pantotênico): fator chave para a saúde adequada dos folículos capilares – cabelos – e até para controlar a acne.
- B6 (piridoxina): atua para regular o humor através de neurotransmissores no cérebro.
- B8 (biotina): alivia a dor muscular e ajuda a reduzir a insônia.
- B9 (ácido fólico): essencial em mulheres grávidas para a correta formação do feto.
Além dos citados aqui, também possui betacaroteno, vitamina E, vitamina K e inositol.
Minerais
Os minerais têm uma função reguladora do corpo. Contribuem, entre outros aspectos, para o metabolismo de macronutrientes, muito presentes na spirulina. Os mais proeminentes nesse suplemento são os seguintes:
- Fósforo: é responsável pela conservação e reparação dos tecidos, além de atuar no metabolismo de células como os espermatozoides.
- Ferro: aumenta a produção de glóbulos vermelhos e seu déficit pode causar anemia.
- Magnésio: sua falta no corpo pode causar fadiga física e até contrações musculares involuntárias.
- Cálcio: atua na construção e manutenção de ossos e dentes.
- Potássio: regula o equilíbrio celular e a atividade muscular.
- Zinco: indiretamente, aumenta a testosterona no sangue.
- Sódio: tem papel fundamental na transmissão dos impulsos nervosos, por exemplo, para o músculo.
- Manganês: executa sua função, favorecendo o sistema imunológico.
Aminoácidos essenciais
São compostos indispensáveis nas funções estruturais do corpo, como a reparação e a manutenção dos tecidos. Na spirulina, os aminoácidos são os componentes com maior presença.
- Leucina: causa maior resistência muscular ao trabalho com cargas externas. Por exemplo, exercícios de força na academia.
- Fenilalanina: conhecido como antidepressivo natural.
- Isoleucina: ajuda a reparar e manter o tecido muscular.
- Lisina: além de regular o colesterol, tem papel fundamental no crescimento muscular.
- Triptofano: existem evidências do seu efeito ansiolítico no cérebro humano.
- Histidina: contribui para o fortalecimento de redes do sistema nervoso.
Além de tudo isso listado acima, a spirulina também inclui aminoácidos não essenciais, tais como: alanina, arginina, ácido aspártico, cisteína, glutamina, glicina, prolina, serina e tirosina.
Ácidos graxos
Os ácidos graxos são uma importante fonte de energia. Todo corpo saudável deve ter níveis adequados desses componentes.
- Ácido linolênico: pode ajudar a prevenir certos tipos de câncer, além de regular a pressão arterial.
- Ácido linoleico: reduz os níveis de gordura corporal saturada e possui propriedades anti-inflamatórias.
- Ácido oleico: melhora as defesas através da ativação linfocitária.
Conclusão final sobre a spirulina
Em conclusão, é conveniente salientar que ainda são necessários mais e melhores estudos científicos rigorosos para provar os benefícios do consumo da spirulina para enfrentar certas doenças. Hoje, não há evidências suficientes para demonstrar com solidez que ela é útil para o tratamento direto de patologias ou doenças.
No entanto, o poder nutricional da spirulina para apoiar uma dieta rica em nutrientes é claramente conhecido. Dessa forma, podem ser evitadas deficiências no consumo alimentar diário, o que leva a um bom funcionamento do corpo e a um melhor desempenho esportivo.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Margulis, L. y Sagan, D. 2002. Acquiring genomes. A theory of the origins of species. Perseus Books Group.
- Ciferri, O. (1983). “Spirulina, the edible microorganism”. Microbiological reviews 47 (4): 551–578.
- Vonshak, A. (ed.). Spirulina platensis (Arthrospira): Physiology, Cell-biology and Biotechnology. London: Taylor & Francis, 1997.
- «Nutrient-rich algae from Chad could help fight malnutrition» (en inglés). Septiembre de 2017.
- Abalde, J.; Cid, A.; Fidalg o, P.; Torres, E.; Herrero, C. (1995), Microalgas: cultivo y aplicaciones 210
- Watanabe F (2007) “Vitamin B12 sources and bioavailability.” PMID 17959839
- Cingi C et al. (2008) “The effects of spirulina on allergic rhinitis.” PMID 18343939
- Torres-Durán et al. (2007) “Antihyperlipemic and antihypertensive effects of Spirulina maxima in an open sample of Mexican population: a preliminary report.” PMID 18039384.
- Park HJ et al. (2008) “A randomized double-blind, placebo-controlled study to establish the effects of spirulina in elderly Koreans.” https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18714150.
- AFAA (1982)
Association française pour l’algologie appliquée
Actes du premier symposium sur la spiruline Spirulina Platensis (Gom.) Geitler de l’AFAA. - Anusuya D. m. et Venkataraman L. V., (1983).
Supplementary value of the proteins of the blue green algae Spirulina platensis to rice and wheat
proteins.
Nutr. Rep. Internat., 28:1029-1035. - Belay A. (1997).
Mass culture of Spirulina platensis – The Earthrise farms Experience.
In “Spirulina platensis (Arthrospira)” Ed. Avigad Vonshak, Taylor & Francis, Londre, pp.131-158. - Alvarenga, R. R., Rodrigues, P. B., Cantarelli, V. de S., Zangeronimo, M. G., Júnior, J. W. da S., da Silva, L. R., … Pereira, L. J. (2011). Energy values and chemical composition of spirulina (Spirulina platensis) evaluated with broilers. Revista Brasileira de Zootecnia. https://doi.org/10.1590/S1516-35982011000500008
- Boudene, C., Collas, E., & Jenkins, C. (1975). [Determination of various toxic minerals in spiruline algae of different origins, and evaluation of long-term toxicity in the rat of a lot of spiruline algae of Mexican origin]. Annales de La Nutrition et de l’alimentation.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.