Tiques nervosos: que tipos existem?

Os tiques nervosos a princípio podem parecer engraçados, mas também podem ser um problema que nos impede de levar uma vida normal. Conheça os tipos de tiques nervosos que existem a seguir.
Tiques nervosos: que tipos existem?

Última atualização: 12 dezembro, 2018

Os tiques nervosos são uma condição comum que pode afetar qualquer pessoa. Nos atletas, é mais provável que apareçam quando os músculos se tensionam. Hoje, queremos falar sobre alguns tiques nervosos comuns para que você possa aprender a identificá-los.

O que são tiques nervosos?

Um tique nervoso é uma contração involuntária de um músculo ou de um grupo de músculos. Geralmente são movimentos curtos, mas repentinos e repetitivos e, embora normalmente sejam muito mais comuns na infância, ainda afetam muitos adultos.

Existem muitos tipos de tiques que podem desaparecer por conta própria com a passagem do tempo e até mesmo muitos que podem ser controlados com um pouco de concentração.

Mulher piscando com um olho só

Entre os tiques nervosos existem vários que geralmente afetam um número maior de pessoas, e vamos falar deles neste artigo.

Tipos de tiques nervosos

Pelo menos dois tipos de tiques nervosos são conhecidos, como o motor e o fônico ou vocal. Dentro de cada grupo existem os simples ou os complexos. Vamos ver do que se trata cada um deles.

Tiques motores

Dentro desse tipo de tique nervoso existe o tique transitório, que só afeta a pessoa por um tempo e geralmente desaparece por si mesmo. Ele deve ser repetido pelo menos durante um mês, mas por menos de doze meses, para ser caracterizado como transitório.

Pode ser chamado de tique nervoso motor simples. Normalmente são o piscar de olhos, os movimentos da cabeça ou o encolhimento de ombros. Uma maneira fácil de reconhecê-los é ter em mente, como regra geral, que sempre afeta a parte superior do corpo: cabeça, pescoço e ombros.

Dentro dos tiques motores, existem também os complexos, que afetam todo o corpo. Eles desencadeiam movimentos involuntários repentinos que geralmente envergonham a pessoa e que, é claro, faz com que ela se sinta muito desconfortável.

Esses movimentos podem ser saltos, pisoteadas ou até mesmo girar a si próprio.

Tiques vocais simples

Os tiques vocais simples afetam as zonas vocais emitindo sons involuntários, como o arranho de garganta, os grunhidos, a ofegada, ou outros. São difíceis de controlar e geralmente desaparecem dentro de um ano.

No entanto, deve-se ter em mente que os tiques nervosos afetam mais comumente as crianças, que têm mais oportunidades de se adaptar à medida que se desenvolvem. Contudo, em adultos isso parece um pouco mais difícil de conseguir.

Mesmo assim, os tiques vocais simples são um dos tiques mais fáceis de controlar com um pouco de concentração, ainda que de forma limitada. Não se desespere, os tratamentos existem e funcionam, então não há necessidade de se preocupar.

Dentro dos tiques vocais também existem os complexos, nos quais se repetem as palavras. Isso pode acontecer repetindo uma palavra que foi ouvida, as palavras do seu próprio discurso ou mesmo palavras obscenas. Geralmente é o tipo mais difícil de tratar.

Síndrome de Tourette

A síndrome de Tourette pode ser explicada de uma maneira simples: é uma mistura de ambos os tipos de tiques mais comuns: o vocal e o motor. No entanto, é considerado um transtorno neurológico complexo em que vários tipos de tiques nervosos são misturados.

Menina mostrando a língua

Não se sabe quantas pessoas são afetadas pela Síndrome de Tourette, embora se saiba que é pouco comum. Quanto mais tempo com o tique, ou com os tiques já que na síndrome de Tourette podem se apresentar vários de uma só vez, a gravidade aumenta e a possibilidade de cura diminui.

Por isso é importante buscar o tratamento adequado assim que percebermos alguma indicação de que podemos ter um tique.

Agora que você já sabe como reconhecê-los, será mais fácil perceber se você tem um e como proceder. Lembre-se de que, às vezes, a rapidez em tratar as questões relacionadas ao nosso corpo e à nossa saúde é um fator muito importante na recuperação.


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  • Matute, W. I. G. (2011). El Síndrome de Tourette. Synapsis.
  • Amor Andrés, P. J. (2012). Tics y hábitos nerviosos. In Manual de terapia de conducta en la infancia (2a. ed.).

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