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Exercício físico para combater a depressão e a ansiedade

4 minutos
A depressão e a ansiedade afetam milhões de pessoas no mundo todo. Durante os últimos anos, os profissionais da saúde vêm enfatizando a importância de um estilo de vida ativo para prevenir e combater o sofrimento psicológico.
Exercício físico para combater a depressão e a ansiedade
Última atualização: 25 junho, 2020

Desde o século passado, tínhamos duas maneiras principais para combater transtornos do humor: os medicamentos prescritos por um médico e a psicoterapia. Hoje, novas terapias para a depressão e a ansiedade estão ganhando espaço, tais como a prática de exercício físico, um tema atual na psicologia.

Cada vez mais profissionais destacam a importância de um estilo de vida ativo para prevenir e combater o sofrimento psicológico.

A depressão e a ansiedade, embora possam parecer estranhas, estão bastante presentes na sociedade atual. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, 4,4% da população mundial sofre de depressão. Além disso, estima-se que até 2030 a depressão será a principal causa de invalidez.

Em relação à ansiedade, na Europa, por exemplo, 10,4% da população sofre de algum transtorno de ansiedade. Esses números mostram que esses problemas não são casos isolados e que eles afetam um grande número de pessoas.

Quais são os sintomas da depressão e da ansiedade?

Embora a depressão e a ansiedade tenham sintomas diferentes, na verdade elas estão intimamente relacionadas. Assim, é comum que uma pessoa tenha sintomas de ambos os distúrbios ou que seja diagnosticada com depressão e ansiedade ao mesmo tempo.

A depressão pode se apresentar em diferentes níveis de gravidade. Entre os seus sintomas mais comuns estão:

  • Sentimentos de tristeza e falta de motivação.
  • Perda de interesse nas atividades diárias.
  • Sentimentos de culpa.
  • Mudanças nos padrões de sono e de apetite.
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  • Falta de atenção e dificuldade de concentração.
  • Em casos mais graves, pode haver desejos suicidas.

Por outro lado, os transtornos de ansiedade incluem uma infinidade de condições: fobias específicas, transtorno de ansiedade generalizada, síndrome do pânico… O que todas elas têm em comum é a extrema preocupação com o futuro e a antecipação de eventos negativos e fatais.

Efeitos psicológicos do exercício físico

O exercício físico não só traz benefícios para o corpo, como também atua sobre o bem-estar psicológico, por quatro razões:

  • Aumenta a liberação de monoaminas: após o exercício, o cérebro libera dopamina, endorfinas e serotonina. Essas substâncias geram uma sensação de tranquilidade, bem-estar e felicidade.
  • Cumprir as metas e objetivos: ao atingir as metas e objetivos propostos, o sistema de recompensa da pessoa é ativado. Quando isso acontece, sentimos grande satisfação e alegria.
  • Melhora a autoestima: as mudanças na aparência do corpo, juntamente com a sensação de conquista pelo progresso alcançado, influenciam a autoestima de forma positiva.
  • Reduz o isolamento social: ao fazer exercício físico em grupo, há uma maior interação com as outras pessoas. Dessa forma, a pessoa se sente apoiada e amada dentro de um grupo.

O exercício físico como terapia contra a depressão e a ansiedade

Conforme já vimos, o exercício físico traz benefícios tanto para o corpo quanto para a mente. Ainda assim, permanece a pergunta: o exercício físico pode prevenir e curar o sofrimento psicológico?

Combater a depressão com o exercício físico

Foi comprovado que fazer exercício físico é uma medida eficaz para tratar os sintomas depressivos. A atividade física moderada é usada como tratamento alternativo para as pessoas que sofrem de distúrbios do sono – devemos nos lembrar de que um dos principais sintomas da depressão são as alterações no sono.

Além disso, não existe apenas uma modalidade de exercício eficaz. Já foram realizadas intervenções com diferentes atividades – exercícios aeróbicos, treinamento de força, dança, Yoga, hidroterapia – com resultados positivos para o bem-estar psicológico.

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Também cabe destacar que, embora a atividade física reduza os sintomas da depressão, esta é uma condição que deve ser avaliada por um profissional da saúde. De acordo com as suas recomendações, o exercício físico deverá ser combinado com as sessões de psicoterapia ou medicamentos.

Combater a ansiedade com o exercício físico

Assim como o exercício físico pode ajudar a tratar a depressão, a ansiedade também pode diminuir com um estilo de vida ativo. Em um estudo da Universidade de Cork, foi encontrada uma relação negativa entre os níveis de atividade física e de ansiedade.

Além disso, as pessoas que praticavam esportes coletivos eram aquelas com os menores níveis de ansiedade. Essa descoberta reforça os benefícios do exercício em grupo em comparação ao exercício individual.

Ademais, a atividade física melhora a qualidade de vida das pessoas com doenças crônicas. Um estudo da Epilepsy & Behavior afirma que um estilo de vida sedentário é um fator de risco para o desenvolvimento da ansiedade em pessoas com epilepsia.

Portanto, o exercício físico pode não apenas ajudar a tratar a ansiedade, como também pode preveni-la em pessoas com outras condições.

Conclusão

Em resumo, o exercício físico tem efeitos terapêuticos para combater a depressão e a ansiedade. Manter um estilo de vida ativo e saudável é benéfico não apenas para a saúde física, mas também para a saúde mental.

No entanto, não podemos nos esquecer de que os transtornos mentais devem ser diagnosticados e avaliados por um especialista.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.