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Quais lesões afetam os músculos isquiotibiais?

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Os músculos isquiotibiais estão localizados na parte posterior das coxas. Eles são de grande importância para os atletas porque sofrem lesões de forma constante em alguns esportes.
Quais lesões afetam os músculos isquiotibiais?
Última atualização: 20 fevereiro, 2020

Chamamos de músculos isquiotibiais o conjunto de fibras musculares encontradas na parte posterior das duas coxas. Na verdade, são três músculos diferentes, embora sejam nomeados e estudados todos juntos. Há algumas lesões que afetam os isquiotibiais, e vamos falar sobre elas a seguir.

Os três músculos são:

  • Bíceps femoral.
  • Semimembranoso.
  • Semitendinoso

Os músculos isquiotibiais nascem na pelve e, a partir dela, descem até o joelho, para serem inseridos posteriormente na sua parte posterior. São fibras musculares fortes, com grande poder de contração.

Por serem tão grandes, sua lesão geralmente tem grande importância. As lesões básicas dos isquiotibiais são as contraturas, rupturas e distensões. As últimas são as mais comuns entre os atletas.

Os mais afetados são os jogadores de futebol, basquete e tênis. Além disso, qualquer atividade física que envolva arrancadas e paradas bruscas pode lesionar esses músculos.

Fatores de risco para lesões

Conforme dissemos, os músculos isquiotiobiais são lesionados principalmente nos jogadores de futebol, basquete e tênis. Os outros esportes em que há uma sobrecarga desses músculos devido a saltos ou frenagens intensas também são um risco.

No entanto, também existem outros fatores de risco envolvidos:

  • Ter sofrido lesões nos isquiotibiais anteriormente: uma vez que esses músculos forem lesionados, é mais provável que a lesão volte a ocorrer. Por isso, a reabilitação é essencial.
  • Ser pouco flexível: existem pessoas que, congenitamente, têm menos flexibilidade do que outras. Essa condição não é patológica, mas favorece a distensão dos ligamentos e músculos.
  • Desequilíbrio: há controvérsias sobre esse conceito entre cientistas e especialistas em ciências do esporte. Em teoria, um desequilíbrio pode ser gerado na coxa se o exercício praticado desenvolver mais os músculos da frente, como o quadríceps, do que os da parte posterior. Assim, ao existir mais força na frente da coxa, essa sobrecarga prejudicaria os isquiotibiais.
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A distensão dos isquiotibiais e a sua classificação

A distensão dos músculos isquiotibiais é a lesão mais frequente nesse grupo muscular. No entanto, nem todas as distensões são iguais. Existem diferentes níveis de gravidade:

  • Primeiro grau: é uma distensão leve. Para o atleta, o sintoma é um pequeno incômodo, mas a mobilidade do membro inferior é preservada. A atividade física pode continuar a ser desenvolvida, e é até mesmo possível que a dor específica não se torne aparente até alguns dias depois da lesão. O tratamento consiste apenas na aplicação de frio local.
  • Segundo grau: é uma lesão de gravidade moderada. Além da distensão das fibras musculares, também aparecem rupturas ao longo do músculo. Dói mais do que a lesão de primeiro grau e pode ser acompanhada por inflamação e edema. É comum que, assim que a lesão ocorre, o atleta consiga percebê-la, sendo forçado a interromper a atividade.
  • Terceiro grau: aqui a lesão pode ser classificada como grave. As fibras ficam totalmente rompidas e lembram algo rasgado. O local onde os tendões se inserem nos ossos pode ser danificado, o que aumenta a gravidade. A capacidade de movimento muscular é bastante afetada e a dor interrompe a atividade realizada.

Tratamento das lesões nos isquiotibiais

Para confirmar se há uma lesão nos isquiotibiais, um exame de imagem deve ser realizado. Pode ser um ultrassom de tecidos moles ou uma ressonância magnética nuclear. O que será observado é a mudança nas fibras musculares afetadas, que estarão distendidas ou rompidas.

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Embora os sintomas possam orientar o diagnóstico médico com precisão em alguns casos, o exame de imagem é recomendado para a confirmação. Uma vez estabelecida a existência da lesão, o plano de tratamento pode ser iniciado.

A primeira medida terapêutica é o repouso. Os atletas devem parar de treinar durante pelo menos uma semana. A gravidade da lesão determinará se é necessário continuar em repouso depois disso. Ao mesmo tempo, é indicado usar bandagens, aplicar frio local e manter o pé elevado.

Essas medidas devem aliviar a dor durante a primeira semana, na qual é mais intensa. Um profissional médico pode indicar um analgésico ou anti-inflamatório para um maior conforto.

Quando a dor desaparecer, será considerado o início da reabilitação, que tem duas partes. Na primeira parte, o músculo é trabalhado de forma geral. É uma fase de reforço para que as fibras recuperem a fisiologia normal.

Por outro lado, na segunda parte, há um recondicionamento do músculo para o esporte específico. Dessa forma, haverá diferenças entre a abordagem para um jogador de futebol e para um tenista, por exemplo.

Por fim, cabe destacar que apenas casos muito graves requerem intervenção cirúrgicaSão casos excepcionais que não são frequentes. No entanto, isso sempre deve ser avaliado e decidido por um médico.


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