Você conhece o treinamento com eletroestimulação?

Há cada vez mais tendências inovadoras no treinamento físico aparecendo no mercado. O treinamento com estimulação é um exemplo. Vamos conhecê-lo!
Você conhece o treinamento com eletroestimulação?

Última atualização: 03 agosto, 2019

A eletroestimulação não é um conceito novo, já que ela vem sendo aplicada há anos na fisioterapia e na reabilitação esportiva. A seguir, vamos analisar a aplicação do treinamento com eletroestimulação. Ele é eficaz? Vamos descobrir.

Conceito de eletroestimulação

Quando falamos em eletroestimulação, estamos nos referindo ao envio de um estímulo elétrico para as nossas fibras musculares, com o objetivo de que elas se contraiam involuntariamente.

O principal uso dessa técnica até agora ocorre na fisioterapia, para a reabilitação de diferentes lesões musculares. A eletroestimulação permite que o músculo permaneça ativo ainda que sejamos incapazes de movê-lo voluntariamente.

No entanto, queremos falar hoje sobre o treinamento com eletroestimulação, que consiste em enviar estímulos elétricos através de eletrodos para as diversas fibras musculares durante o exercício.

Para isso, devemos colocar uma roupa especial com eletrodos cobrindo o tronco em sua porção anterior e posterior. Além disso, as coxas são cobertas para estimular o quadríceps, assim como o bíceps e o tríceps para trabalhar os braços.

A roupa fica presa ao corpo para que cada eletrodo seja bem fixado na região que se deseja estimular durante o treinamento. Além disso, ele é ligado a um console através de cabos, a partir do qual é possível regular a intensidade do impulso elétrico de acordo com os objetivos buscados em cada sessão de atividade física.

As sessões de treinamento com eletroestimulação geralmente ocorrem em intervalos diferentes para cada exercício. Sua duração geralmente é de cerca de 20 minutos.

Treino com eletroestimulação: realmente funciona?

Acostumados à clássica propaganda da cinta abdominal com eletrodos colocados em uma pessoa sentada em uma poltrona sem fazer nenhum esforço, ficamos um pouco desconfiados em relação a esse método. Em muitos casos ele é visto como mais um ‘produto milagroso’.

Conceito de eletroestimulação

No entanto, a eletroestimulação somada ao treinamento é um conceito relativamente novo que tem como objetivo melhorar os resultados do exercício que fazemos. Como isso é feito? Aumentando a intensidade do exercício.

As pessoas que já experimentaram o treinamento com eletroestimulação afirmam ter alcançado uma grande intensidade no exercício e a sensação de um esforço físico adequado. Mesmo as pessoas que treinam regularmente têm essa percepção.

O que a ciência diz a respeito?

Um primeiro estudo realizado com uma população de mulheres idosas sedentária, com uma duração de 54 semanas, comparou dois grupos. Um composto por um treinamento com eletroestimulação de 3 sessões a cada 14 dias.

O outro grupo foi formado por pessoas pouco ativas, que realizaram blocos de 10 semanas de treinamento leve com uma sessão semanal de 60 minutos e 10 semanas de descanso.

Os resultados favoreceram o grupo da eletroestimulação. Foram encontradas melhoras na massa muscular esquelética, na força isométrica máxima e na força dos extensores de tronco, mas sem diferenças na massa gorda.

Outra pesquisa comparou um grupo controle que fazia duas sessões semanais de 60 minutos de exercício cardiovascular e de força com outro grupo que fazia o mesmo exercício, mas complementando-o com duas outras sessões de eletroestimulação de 20 minutos.

Os resultados foram favoráveis para o segundo grupo. Foram encontradas melhoras na força isométrica ou no volume da cintura.

Segundo Kemmler, esse tipo de treinamento é benéfico para as pessoas com pouco tempo para treinar ou com dificuldade para atingir uma alta intensidade nos exercícios do seu treinamento.

Contraindicações do método

Apesar de sua eficácia, o uso dessa atividade deve ser limitado nos seguintes casos:

  • Uso de marca-passo cardíaco, cardiopulmonar ou qualquer outro implante médico de suporte vital.
  • Caso exista qualquer doença cardíaca ou circulatória.
  • Durante os meses de gravidez.
Contraindicações do treinamento com eletroestimulação

Imagem: Gremyo.com

  • Em caso de câncer.
  • Quando há doenças relacionadas ao estômago ou ao fígado.
  • Se há histórico de epilepsia ou outro tipo de ataque com espasmos.

Conclusões sobre o treinamento com eletroestimulação

Finalmente, podemos afirmar que há evidências de que, em certos casos, esse método de treinamento ajuda a melhorar a preparação física ou a saúde da população.

Para isso, devemos usá-lo como um complemento para outras atividades, a fim de obter melhores resultados. O importante é que, se não tivermos tempo para um treinamento convencional, esse pode ser um recurso muito útil!


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


    • Herrero et al., (2015). Posicionamiento de la National Strength and Conditioning Association-Spain. Entrenamiento con electroestimulación de cuerpo completo. Rev. Andal. Med. Deporte. 2015;8(4):155–162
    • Kemmler W; von Stengel S; Schwarz J; Mayhew JL. (2012) Effect of whole-body electromyostimulation on energy expenditure during exercise. J Strength Cond Res. 2012;26:240–5.
    • Kemmler W, Bebenek M, Engelke K, von Stengel S. (2014). Impact of whole-body electromyostimulation on body composition in elderly women at risk for sar- copenia: The Training and ElectroStimulation Trial (TEST-III). Age (Dordr). 2014;36:395–406.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.