A pior época do piloto Jorge Lorenzo
Jorge Lorenzo é um dos pilotos mais bem sucedidos da história do motociclismo espanhol. Ele tem dois títulos mundiais nas 250cc e três na categoria MotoGP como piloto da Yamaha.
Sua carreira cheia de sucessos passou a ser mais difícil depois de assinar com a Ducati. O que parecia ser uma relação idílica que levaria o piloto e a equipe ao topo, na verdade, resultou em uma grande decepção.
Jorge Lorenzo e sua decepção na Ducati
Depois de nove temporadas como piloto da Yamaha, onde havia ganhado três campeonatos mundiais e três vice-campeonatos, Lorenzo colocou um ponto final na relação com a marca japonesa e assinou com a Ducati em 2016.
Esta decisão foi tomada como consequência do mau relacionamento com Valentino Rossi e o poder que ele tem na Yamaha, bem como pelos bons resultados que a Ducati teve durante a temporada de 2016.
Após a sua saída da Yamaha, Jorge Lorenzo não conseguiu sorrir tantas vezes, apesar de ter se livrado do problema com Rossi.
Desde o início da temporada, era visível que as coisas não iam bem. Lorenzo começa com uma discreta 11ª posição, seguida por um abandono e uma 9ª posição. Apesar do fato de que no Grande Prêmio da Espanha ele conseguiu subir no terceiro degrau do pódio, os resultados não foram nem de longe os esperados.
O desempenho de Lorenzo ao longo da temporada surpreendeu e desapontou. Até a temporada passada, o seu pior resultado na MotoGP foi a 4ª posição no campeonato mundial que ele alcançou no seu primeiro ano como estreante. Por outro lado, nesta temporada, ele teve que se contentar com o 7º lugar.
Aparentemente todos os problemas têm a mesma origem: a má adaptação de Jorge Lorenzo à Ducati. O modo de pilotar do piloto não é a ideal para esta moto, que se assemelha muito pouco à Yamaha.
Para facilitar a adaptação de Jorge Lorenzo, a Ducati pensou em fabricar um chassis diferente para cada piloto, mas acabou por finalmente rejeitar a ideia.
Derrotado pelo seu companheiro de equipe
Como dizem no mundo do esporte a motor, seu maior rival é o seu companheiro de equipe. O piloto que obtém melhores resultados que o parceiro mostra que sabe como exprimir melhor o potencial da moto e que é mais competitivo.
Assim, não é agradável para nenhum piloto que um companheiro de equipe com a mesma moto tenha mais pontos no final da temporada. Este foi o caso de Jorge Lorenzo.
O piloto viu Andrea Dovizioso ultrapassá-lo durante toda a temporada e em todos os aspectos. Enquanto Lorenzo lutava para subir ao pódio, Dovizioso teve a chance de ser campeão mundial até a última corrida do campeonato. Excelentes resultados considerando a superioridade da Honda e de Marc Márquez.
A seguir, fazemos um comparativo entre o desempenho de Lorenzo e Dovizioso ao longo da temporada de 2017. Como pode ser visto, o piloto italiano, longe de se sentir intimidado pela chegada de Lorenzo à Ducati, conseguiu dar o melhor de si, demonstrando assim que é o piloto principal da equipe.
Jorge Lorenzo | Andrea Dovizioso | |
Pontos | 137 | 183 |
Pódios | 3 | 5 |
Vitórias | 0 | 4 |
Poles | 0 | 0 |
Voltas rápidas | 0 | 0 |
Posição no mundial | 7º | 2º |
Não muito melhor em 2018
Após o mau desempenho de 2017, a temporada seguinte não trouxe uma grande mudança para o piloto espanhol. Apesar disso, ele conseguiu voltar a vencer corridas novamente, com 3 vitórias na falta de disputar o Grande Prêmio de Valência.
No entanto, Jorge Lorenzo é décimo no campeonato, o que é um resultado pior do que o sétimo lugar conseguido no ano passado.
Jorge Lorenzo | Andrea Dovizioso | |
Pontos | 130 | 220 |
Pódios | 4 | 8 |
Vitórias | 3 | 3 |
Poles | 4 | 2 |
Voltas rápidas | 2 | 4 |
Posição no mundial | 10º | 2º |
Assim, parece que ele não conseguiu se sentir confortável com a Ducati e a conta está ficando cara tanto para a equipe quanto para o piloto.
Ninguém duvida que é uma questão de tempo para que ele volte a lutar pelo título, mas parece que esse não é um futuro tão próximo. Porém, a Honda está esperando por ele e é possível que a situação mude drasticamente; por isso, devemos estar muito atentos.
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