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Qual o problema das dietas sem glúten?

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Quando falamos glúten nos referimos a um conjunto de componentes encontrados na maioria dos cereais, mas, em termos nutricionais, o glúten não proporciona maiores benefícios para o corpo humano
Qual o problema das dietas sem glúten?
Última atualização: 13 abril, 2019

As dietas sem glúten estão na moda. Há muitos adultos que se submetem a essas dietas sem prescrição médica, mesmo sem apresentar problemas de saúde de qualquer tipo. Sua implementação, nos casos das pessoas que sofrem de doença celíaca ou qualquer outra desordem derivada da ingestão dessas proteínas, não é opcional.

Seu consumo está altamente estigmatizado. Muitas pessoas com problemas digestivos ou outras condições médicas optam por suprimir o glúten do seu dia a dia por conta própria. Além disso, há também aqueles que o relacionam com problemas de obesidade e sobrepeso, bem como com o possível desenvolvimento de diabetes.

Glúten, um elemento controverso

Muitos adultos saudáveis, mesmo sem a doença celíaca ou alergias ao glúten, encontraram nessas dietas uma forma (aparente) de perder peso. Este fenômeno tem sido muito favorecido por algumas estrelas internacionalmente famosas: elas afirmam ficar em forma porque consomem apenas alimentos sem glúten.

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Ao mesmo tempo, não há nenhum estudo científico para certificar essas afirmações. Inclusive, alguns especialistas encontram nas pessoas que consomem dietas com glúten uma pequena diminuição no risco de sofrer de problemas coronarianos.

A razão que justificaria o consumo de glúten estaria em um maior consumo de grãos integrais, elemento vetado por celíacos e outros grupos intolerantes.

Onde reside o problema?

A eficiência de uma dieta muitas vezes se resume na busca pelo equilíbrio, evitando assim todos os tipos de extremos. Desta forma, enquanto nenhum benefício for comprovado nas dietas sem glúten entre adultos saudáveis, abusar dessas proteínas também é contraindicado.

No entanto, na maioria dos casos de excesso de peso, níveis elevados de colesterol ou problemas circulatórios, o glúten é apenas uma parte do grande problema. As causas são encontradas em dietas desequilibradas, com alta presença de farinhas ou gorduras saturadas e, além disso, poucos alimentos frescos.

Nenhuma relação direta foi estabelecida entre a supressão dessas proteínas nas dietas e a perda de peso. Também não foi possível verificar uma relação direta com casos de diabetes.

Mas é um fato comprovado que o glúten desempenha um papel importante na absorção de cálcio e vitamina D.

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Quando dietas sem glúten não são opcionais

Estima-se que 1% da população mundial sofra de doença celíaca ou algum outro distúrbio relacionado ao glúten. Acredita-se também que esses quadros permaneçam pouco diagnosticados. Isso se deve ao fato que muitas vezes a sintomatologia não é persistente.

O único tratamento efetivo para controlar as incidências negativas dessas patologias é seguir dietas sem glúten. Isso  porque não há uma zona de segurança com quantidades mínimas toleráveis.

Para além da dieta

Cerca de 80% das pessoas com intolerância ao glúten apresentam algum tipo de lesão permanente no sistema digestivo. E isso apesar do cumprimento rigoroso de padrões alimentares. Isso pode ser devido a vários fatores, como por exemplo contaminação cruzada ou ingestão de medicamentos com pequenos traços.

Alimentos frescos e não processados: a prioridade

Uma grande quantidade de produtos sem glúten estão disponíveis no mercado. No entanto, as dietas de celíacos e outras pessoas para quem o consumo de glúten é proibido devem cumprir um princípio fundamental para uma alimentação saudável. E esse não é outro senão o equilíbrio.

Muitas das farinhas processadas, sem vestígios destas proteínas, às vezes podem ter os mesmos efeitos que os produtos comuns. Sobrepeso e problemas circulatórios são alguns deles.

Além disso, outro fator importante também deve ser abordado: o econômico. Os produtos especialmente processados para pessoas com intolerância ao glúten são de três a quatro vezes mais caros.

Uma grande presença de frutas, verduras e legumes ricos em fibras é sempre importante. Em qualquer dieta equilibrada também é preciso incluir peixe e carnes de qualidade a fim de garantir uma maior ingestão de nutrientes a cada refeição.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.