O que acontece se pratico atividade física mas não me alimento bem?
Há quem aposte em diminuir as porções diárias de alimentos e aumentar a carga de atividade física para alcançar um objetivo. Esse é um caminho que pode gerar benefícios a curto prazo. No entanto, a resposta para a pergunta “O que acontece se pratico muita atividade física mas não me alimento bem?” geralmente não é positiva.
Matemática simples
O corpo humano requer proteínas, vitaminas, minerais e outros elementos para poder cumprir todas as suas tarefas. As funções mais elementares precisam desses nutrientes, tais como respirar ou fazer o coração funcionar e bombear sangue para todo o organismo. A comida serve como fonte quase exclusiva de energia.
As calorias são o principal combustível que permite movimentar toda a massa corporal. É impossível andar ou até mesmo abrir os olhos sem elas. No entanto, elas também são o nome mais temido por muitas das pessoas que decidem se exercitar com maior frequência.
Diante do exposto, o ato de se alimentar mal só fará com que o corpo não tenha tudo o que é necessário para funcionar adequadamente. Se além de diminuir drasticamente o número de calorias forem feitos mais exercícios, essa não será apenas uma má ideia: chegará ao ponto em que isso será impossível.
Pratico muita atividade física mas não me alimento bem…
Comer pouco não é o mesmo que comer mal. De fato, ao comer em excesso, é mais provável ficarmos próximos de cair na segunda categoria. A qualidade dos regimes alimentares não está necessariamente relacionada com a quantidade.
Na prática, pode ser saudável diminuir o número e o tamanho das porções diárias de alimentos ao mesmo tempo em que os minutos dedicados à atividade física aumentam. Isso se tornou uma espécie de saída fácil em busca de resultados rápidos, principalmente para emagrecer.
Os riscos do déficit calórico
Além de fornecer a energia requerida pelo corpo humano para realizar o trabalho físico, as calorias cumprem com uma série de outras funções básicas. O metabolismo basal depende delas, por isso a sua presença é necessária para o bom funcionamento do coração, do cérebro, dos rins, dos pulmões, do sistema digestivo, etc.
Quando o organismo entra em déficit calórico, o metabolismo fica mais lento. Além disso, reduzir drasticamente as calorias da dieta diária é praticamente impossível sem que proteínas, vitaminas e minerais sejam afetados.
A soma de todas essas deficiências tem como resultado quadros de desnutrição de gravidade moderada. A capacidade de resposta do sistema imunológico também é afetada negativamente. Portanto, sofrer de doenças será mais fácil.
Além desse último ponto, na ausência de uma dieta balanceada, os riscos de que quadros comuns, como um resfriado, por exemplo, levem a complicações mais sérias são igualmente altos.
Calorias em excesso
O lado oposto da mesma moeda. Abusar da comida, o que se traduz em um excedente de calorias e também de alguns minerais e vitaminas, é outro fator de risco resultante de não se alimentar bem.
No caso específico das calorias, quando consumidas em quantidades superiores ao que o corpo necessita, elas acabam se acumulando. A consequência direta é o ganho de peso.
Exercício demais
Abusar da atividade física é tão contraproducente quanto a vida ancorada no sedentarismo. Se pratico muita atividade física mas não me alimento bem, os resultados serão catastróficos.
Ao mesmo tempo, o vício em exercício, também conhecido como dependência do exercício ou exercício compulsivo, é uma condição comum em muitas pessoas com transtornos alimentares.
Equilíbrio, a palavra-chave
Um regime de exercícios deve andar de mãos dadas com uma dieta equilibrada. Da mesma forma, não há uma boa dieta em combinação com o sedentarismo. O sucesso de um depende da presença do outro.
O que acontece se eu pratico muita atividade física mas não me alimento bem? A única resposta possível para essa pergunta é: um grande desequilíbrio. Se a qualidade está condicionada à quantidade, muito ou pouco significam praticamente o mesmo. O ideal é a combinação entre exercício e uma dieta equilibrada e completa.
Alimentar-se mal também diz respeito a fazer isso em horários inapropriados. Pular refeições é um dos erros mais comuns e mais prejudiciais para a saúde.
Da mesma forma, estar sempre com fome é quase sempre sinônimo inequívoco de que algo não está certo. Para fazer as correções indicadas, é aconselhável sempre consultar um profissional.
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