Dieta de baixo carbono: boa para o planeta e saudável para você
Uma dieta de baixo carbono é baseada em produtos frescos e pouco processados. Prioriza alimentos orgânicos e aposta na redução do consumo de carne. Essa dieta é baseada em dois argumentos fundamentais: o primeiro é o de reduzir o impacto dos seres humanos no planeta e o segundo é o de melhorar a própria saúde.
Boa para o planeta
A adoção de hábitos alimentares saudáveis pode reduzir significativamente as emissões de dióxido de carbono. A maioria dessas emissões provém da pecuária extensiva.
Assim, reduzir o consumo de carne poderia impactar a saúde do planeta de forma positiva. Estima-se que mudanças gerais na alimentação possam ter um impacto na atmosfera semelhante ao abandono das viagens aéreas.
Saudável para os seres humanos
Além do já exposto, também está claro que abandonar os produtos processados traz consequências positivas para a saúde do homem. Primeiramente, o consumo de substâncias tóxicas como a acrilamida é reduzido, além das gorduras trans e açúcares que podem causar inflamação e doenças a médio prazo.
Ao mesmo tempo, há um maior consumo de frutas, verduras e legumes. Esses alimentos são ricos em antioxidantes e vitaminas. Dessa forma, eles são magníficos para evitar a oxidação e a formação de radicais livres, além de reduzir os processos inflamatórios.
Como se isso não bastasse, os alimentos frescos geralmente são menos calóricos do que os processados. Isso implica uma diminuição do peso corporal e do risco de obesidade. As consequências desse fato são claras, pois o risco de sofrer doenças complexas a médio prazo é reduzido significativamente.
Um dos maiores riscos para o desenvolvimento do diabetes é o consumo de alimentos processados e açucarados. O diabetes geralmente traz outras complicações associadas, especialmente no nível coronariano. A adoção de uma dieta de baixo carbono minimiza esse problema que se tornou endêmico na sociedade atual.
Preferência por alimentos produzidos localmente
A dieta de baixo carbono também aposta no consumo de alimentos produzidos na região. Atualmente, os alimentos podem viajar milhares de quilômetros desde o local de produção até o local de consumo.
Esse transporte também aumenta o número de emissões de gases nocivos para o planeta. Por isso, é aconselhável consumir produtos da região que só precisem ser transportados o mínimo possível.
Esse fato traz outra vantagem: são consumidos produtos frescos, dependentes da estação, com baixa carga de aditivos. É um fato que a redução no consumo de aditivos e pesticidas é outro grande ponto a favor quando se fala em saúde humana.
Embora a maioria desses produtos seja testada e ofereça alguma segurança, suas implicações no organismo podem não ser conhecidas com clareza ou eles simplesmente levam vários anos para serem removidos do organismo.
O consumo de alimentos sazonaistambém reduz a necessidade de energia para a sua produção. Um tomate cultivado em estufa requer um gasto energético muito maior do que um tomate orgânico sazonal.
Portanto, esta é outra maneira de reduzir o número de emissões e o gasto de energia. A agricultura orgânica consome 50% menos energia do que os sistemas convencionais.
A última das propriedades nas quais a dieta de baixo carbono se baseia é a de não comer em excesso. Dessa forma, evita-se o desperdício de lixo e também se reduz o risco de obesidade e excesso de peso. Além disso, o consumo de vegetais é priorizado, ao invés dos animais, o que é benéfico para eles.
Conclusão sobre a dieta de baixo carbono
A dieta de baixo carbono é duplamente positiva: por um lado, reduz o impacto do homem no planeta e, por outro, melhora a sua saúde. É um bom método para combater o diabetes e a obesidade, duas das doenças endêmicas atualmente.
Priorizar o consumo de alimentos locais e frescos, juntamente com o aumento da ingestão de vegetais e a diminuição da carne animal são bons métodos alimentares, tendo como objetivo melhorar o nosso estado de saúde.
Por fim, vale ressaltar a ideia de tentar fugir dos alimentos processados. Esse tipo de alimento não só deixa uma pegada ecológica alta, como também é claramente prejudicial para a saúde.
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