Como fazer uma dieta paleolítica para atletas

A dieta paleolítica para atletas consiste basicamente em ingerir menos carboidratos e mais carne. A ideia é imitar a forma de se alimentar dos homens e mulheres da época das cavernas.
Como fazer uma dieta paleolítica para atletas

Última atualização: 13 junho, 2019

Mais carne, menos carboidratos: esta é uma das principais características da dieta paleolítica, seja ela para atletas ou não. Trata-se de uma dieta que procura recriar os hábitos alimentares dos seres humanos que povoaram o planeta durante a época das cavernas.

No entanto, reduzir os carboidratos equivale a um despropósito para praticamente todos os atletas. Qualquer pessoa que treine regularmente, e que também faça isso de maneira metódica, precisa desses nutrientes.

Afinal, os carboidratos são a principal fonte de energia. Eles são o combustível que permite que o corpo se mova, além de suportar longas e cansativas jornadas de exercícios e competições.

O que comer e o que não comer: esse é o dilema

O mais importante da dieta paleolítica é o que não se come: nada de farinhas processadas, pães ou massas. Os açúcares são proibidos, especialmente os refinados. Os cereais não fazem parte do cardápio, pelo menos não diariamente.

O que comer e o que não comer: esse é o dilema

As pessoas que decidem adotar essa rotina alimentar devem se despedir progressivamente do arroz branco e dos laticínios, inclusive o iogurte natural. Além disso, leguminosas, bem como frutas, legumes e hortaliças com alto teor de carboidratos também devem ser eliminados.

A vida no paleolítico

Os grupos humanos deste período histórico baseavam a sua dieta principalmente em carnes e peixes. Não porque esta foi uma decisão ponderada ou estudada, simplesmente porque esta era a fonte de alimento que eles tinham ao seu alcance.

Hoje em dia, muitas pessoas – principalmente atletas – ao mesmo tempo que consideram reduzir a ingestão de carboidratos um despropósito, também consideram um erro incluir tantas carnes no cardápio, principalmente a carne vermelha. A razão? Seu alto nível de gordura.

No Paleolítico, os animais que serviam como alimento eram muito diferentes. Em primeiro lugar, eles viviam em liberdade e se mantinham em constante movimento, fugindo dos seres humanos, seu principal predador.

Na sua dieta, não havia rações nem qualquer tipo de alimento processado que tivesse a intenção de fazê-los crescer mais rapidamente.

Além disso, os seres humanos também eram muito diferentes. Somente o fato de conseguir o alimento necessário já envolvia um grande esforço físico. Então, o estilo de vida sedentário implicava, quase inequivocamente, uma morte certa.

A vida no paleolítico

Imagem cortesia de: mihistoriauniversal.com

A dieta paleolítica, 12 mil anos depois

Mais de 85% da carne vermelha consumida no planeta vem de animais criados em cativeiro. Eles vivem com níveis mínimos de atividade física e são alimentados com base em rações cujo objetivo final é o de que eles se desenvolvam rapidamente.

Isso fez com que eles se tornassem alimentos de menor qualidade, com níveis muito altos de gordura. No entanto, a dieta paleolítica consumida no século XX não inclui apenas a carne bovina.

Os peixes têm uma grande importância, da mesma forma que o dos ovos. Assim como acontecia há milhares de anos atrás, legumes e hortaliças também entram no cardápio.

Alimentos de época

A renúncia a qualquer alimento processado inclui aqueles que foram cultivados fora dos seus ciclos naturais, seguindo processos artificiais que permitem o plantio e a colheita fora de sua época normal.

Frutas como kiwi, tangerina e laranja devem ser consumidas no outono-inverno. O mesmo vale para legumes e hortaliças como acelga, brócolis e couve-flor.

Para os meses mais quentes, a lista inclui cereja, melão, abacate, pepino e cebola. Enquanto isso, banana, abobrinha, alface, espinafre ou beterraba podem ser consumidos em qualquer dia do ano.

A dieta paleolítica, 12 mil anos depois

A dieta paleolítica especial para atletas

Sempre sob a supervisão de um especialista, a dieta paleolítica pode se adaptar facilmente às necessidades dos atletas. Para isso, aumentar o número de alimentos ricos em carboidratos é vital. Com isso em mente, frutas secas como passas, damascos secos ou ameixas se tornam ingredientes indispensáveis.

Por outro lado, um dos benefícios mais importantes deste regime alimentar está na contribuição de aminoácidos BCAA. Estamos falando de valina, leucina e isoleucina, entre outros, que também são comercializados como suplementos nutricionais graças à sua capacidade de ajudar na recuperação dos músculos.

Por último, a clara de ovo e os peixes também são ricos nesses elementos. Portanto, o seu consumo facilita a regeneração dos tecidos após terem sido submetidos a cargas de trabalho pesadas, seja no treinamento diário ou na competição.


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