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Quem são os participantes independentes dos Jogos Olímpicos?

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Os participantes independentes dos Jogos Olímpicos, como o seu nome indica, são atletas que, por diferentes motivos, não representam o seu país de origem.
Quem são os participantes independentes dos Jogos Olímpicos?
Última atualização: 08 abril, 2020

Os participantes independentes dos Jogos Olímpicos são atletas de diferentes nacionalidades cujos países não são reconhecidos ou então que estão sancionados por diferentes motivos. Falaremos sobre eles neste artigo.

Participantes independentes dos Jogos Olímpicos: por que eles existem?

A primeira vez que foi estabelecido o sistema de atletas independentes foi nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992. No entanto, houve alguns antecedentes não oficiais. Por exemplo, nos Jogos Intercalados de 1906, havia esportistas com nacionalidade mista em provas de equipe.

Para os Jogos Olímpicos de Inverno de 1940 – surpreendidos pela Segunda Guerra Mundial –, os alemães não reconheciam a Tchecoslováquia como país, mas os seus atletas podiam competir sob a bandeira olímpica.

Durante a Guerra Fria, alguns atletas de países comunistas europeus que haviam emigrado não puderam competir nos Jogos Olímpicos, já que os seus comitês nacionais não os aceitavam.

Em 1976, o velocista da Guiana – país que havia se juntado ao boicote para os Jogos de Montreal – James Gilkes pediu ao Comitê Olímpico Internacional que permitisse que ele competisse como atleta independente, mas a sua petição foi rejeitada.

O COI começou a falar de atletas independentes nos Jogos de Moscou 1980, quando esportistas de 14 países competiram sob a bandeira olímpica.

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Barcelona 1992 e os atletas independentes

Essa edição foi a primeira na qual oficialmente se permitiu que esportistas participassem sem representar o seu país. Assim, eles foram chamados de participantes olímpicos independentes (IOP, na sigla em inglês).

A equipe foi formada por atletas da Iugoslávia (país sancionado pelas Nações Unidas devido às guerras iugoslavas) e da Macedônia.

Dos 58 atletas nesse grupo, três deles ganharam medalhas, todos nas provas de tiro: Jasna Sekaric levou uma de prata nos 10 metros com pistola de ar feminino, Aranka Binder uma de bronze nos 10 metros com carabina feminino e Stevan Pletikosic outra de bronze nos 50 metros com carabina masculino.

Sidney 2000 e os atletas independentes

Nos primeiros jogos do novo milênio, os atletas olímpicos individuais (IOA) foram quatro esportistas do Timor-Leste, cujo país estava em transição para a independência. No entanto, eles não ganharam medalhas.

Participantes independentes dos Jogos Olímpicos em Londres 2012

Em Atenas 2004 e Pequim 2008 não houve atletas independentes, mas em Londres 2012 novamente eles foram chamados pela sigla IOA.

Um ano antes, o Comitê Olímpico das Antilhas Holandesas foi dissolvido. Entretanto, seus atletas puderam competir sob a bandeira olímpica. Outras opções para esses esportistas eram representar a Holanda ou Aruba.

Mais um atleta do Sudão do Sul se juntou à equipe independente. Contudo, eles não conseguiram medalhas.

Rio 2016 e os seus atletas olímpicos independentes

A equipe era formada por atletas do Kuwait, que competiram sob a bandeira olímpica, já que o seu país foi suspenso pelo COI por uma interferência governamental. Assim, eles estiveram presentes nas provas de tiro (cinco representantes), natação (três) e esgrima (um).

Nesta edição, a equipe levou duas medalhas. Um ouro para Fehaid Al-Deehani na fossa dublê masculina e um bronze para Abdullah Al-Rashidi no skeet masculino.

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Pyeongchang 2018 também teve atletas independentes

Após o escândalo por doping, o Comitê Olímpico Russo foi suspenso em 2017 e os seus atletas, portanto, impossibilitados de competir nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang 2018. No entanto, graças à equipe chamada “atletas olímpicos da Rússia”, muitos deles puderam participar.

As modalidades nas quais eles receberam medalhas foram: esqui estilo livre (duas de bronze), esqui cross-country (três de prata e cinco de bronze), hóquei no gelo (uma de ouro), patinação artística (uma de ouro e duas de prata), patinação de velocidade (uma de bronze), patinação de velocidade em pista curta (uma de bronze) e skeleton (uma de prata). No total, os atletas independentes russos ganharam 17 medalhas.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Tejo, L. Así podrían librarse los deportistas rusos de la sanción sin competir en los Juegos Olímpicos. Diciembre de 2019. Yahoo Deportes. https://es-us.deportes.yahoo.com/noticias/rusia-dopaje-sancion-juegos-olimpicos-mundial-librarse-130505367.html
  • Wes, J. Sin país pero con espíritu olímpico: así son los ‘independientes’ de los Juegos Olímpicos. Marzo de 2016. Deportes Cuatro. https://www.cuatro.com/deportes/juegos-olimpicos/Juegos_Olimpicos-Refugiados-Independientes_0_2145675106.html

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