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Como foi a evolução da segurança na Fórmula 1?

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A Fórmula Um é o esporte a motor por excelência; apesar de estar submersa em uma crise de competitividade e de dúvidas quanto ao fator econômico, ela continua a manter uma certa essência, porém melhorando constantemente em termos de segurança
Como foi a evolução da segurança na Fórmula 1?
Última atualização: 10 novembro, 2019

Atualmente, a segurança é a principal prioridade na Fórmula 1 e, ano após ano, medidas são tomadas para evitar acidentes e suas consequências, tanto quanto possível.

Isso nem sempre foi assim; já que a consciência quanto à segurança não estava presente na Fórmula 1 desde os seus primórdios.

Pouco a pouco, medidas foram sendo tomadas ao mesmo tempo que o número de vítimas foi drasticamente reduzido. Mesmo assim, a Fórmula 1 seja um esporte arriscado e sempre vai existir algum perigo.

A seguir, vamos analisar a evolução da segurança na Fórmula 1. Desde os anos 50, quando os pilotos relutavam em usar capacetes e fumavam nos boxes, até hoje em dia, época na qual para muitas pessoas as medidas de segurança estão acabando com o espetáculo.

Falta de segurança nos primórdios da Fórmula 1

Se víssemos hoje uma corrida dos anos 50, ela nos pareceria uma verdadeira loucura. Os pilotos subiam nos carros com roupas comuns, já que até 1960 eles não eram obrigados a usar um macacão.

Nas duas primeiras temporadas da Fórmula 1 também não era obrigatório o uso de capacete; apenas em 1953 os pilotos foram obrigados a usá-lo. Nessa época, eles se mostraram relutantes e chamavam de covardes os que decidiam colocá-lo.

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Nos anos 60, começa a existir uma maior consciência quanto aos carros e seus elementos de segurança. A instalação de santantônios se torna obrigatória para que assim, em caso de acidente, os pilotos tenham maior probabilidade de sobreviver.

Ao mesmo tempo, o desenho dos carros é modificado para evitar que os carros peguem fogo após um acidente; também para que os pilotos possam entrar e sair do carro o mais rápido possível.

Pouco a pouco, mais medidas vão sendo tomadas; muitas delas reivindicadas pelos pilotos como consequência do grande número de mortes ano após ano.

Anos 70, conscientização da importância da segurança

A partir de 1970, a FIA toma as rédeas na questão da segurança e começa a tomar medidas realmente importantes; tanto para os pilotos quanto para os carros e circuitos.

A primeira grande medida foi a instalação do cockpit; elemento que garante a integridade do piloto em caso de acidente. Também nos anos 70, os pilotos foram obrigados a usar roupas à prova de fogo, já que um macacão convencional não protege em caso de incêndio.

Nas décadas seguintes, mais medidas continuaram sendo tomadas, tais como a implementação do Safety Car – um elemento essencial na Fórmula 1 atualmente – ou a maior exigência nos testes.

Ao mesmo tempo, os circuitos também vão sendo cada vez mais controlados. Se antes qualquer traçado era adequado para sediar uma corrida, agora ele deve reunir uma série de características e ter protocolos em caso de acidentes.

A taxa de acidentes na Fórmula 1 caiu drasticamente graças a essas medidas. Apesar do fato de que o risco zero nunca vai existir nos esportes a motor, os números mostram que as medidas são eficazes. A seguir, uma lista dos pilotos de Fórmula 1 mortos em cada década ao longo da história da competição:

  • 1950-1959: 15 mortes
  • 1960-1969: 11 mortes
  • 1970-1979: 10 mortes
  • 1980-1989: 4 mortes
  • 1990-1999: 2 mortes
  • 2000-2009: 0 mortes
  • 2010- atualidade: 1 morte
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Qual será o próximo passo?

A segurança é o pilar fundamental da Fórmula 1. É por isso que novas medidas e testes estão sendo implementados continuamente, tais como os crashtest, a fim de reduzir ao máximo as consequências dos acidentes. A última medida tomada pela FIA foi a instalação do halo, um elemento projetado para proteger a cabeça do piloto.

Provavelmente o halo é o primeiro passo para a instalação de cockpits fechados; uma ideia que ronda a Fórmula 1 há tempos e que certamente vamos ver daqui a alguns anos. Desta forma, os pilotos estariam totalmente protegidos, pois nenhuma parte do corpo deles ficaria exposta.

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Juntamente com essa medida, muitas outras vão chegar, com as quais se espera que a profissão de piloto seja menos arriscada, mas que o espetáculo também continue na pista. Afinal, a Fórmula 1 sem um pouco de risco não seria a mesma coisa.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.