Rali Dakar: um rali de corridas extremas

O Rali Dakar é uma competição bastante "moderna", pois tem pouco mais de 40 anos de vida. Ela foi mudando a sua sede, mas deve seu nome à corrida original, que começou em Paris e terminou em Dakar.
Rali Dakar: um rali de corridas extremas

Última atualização: 10 fevereiro, 2020

Todos os anos, vemos imagens incríveis de carros, motos, quadriciclos e caminhões passando por paisagens maravilhosas e ao mesmo tempo inóspitas. No artigo a seguir, contaremos tudo o que você precisa saber sobre as corridas extremas do Rali Dakar.

Breve história do Rali Dakar

Esta é uma competição relativamente nova, visto que foi criada em 1978, depois que um piloto francês chamado Thierry Sabine ficou perdido no deserto para o norte da África por seis dias.

Em vez de ficar traumatizado, ele pensou que essa experiência poderia se tornar algo que valeria a pena ser reproduzido, mas como uma competição.

No início, as competições não eram muito organizadas e muitos pilotos eram fãs que tinham veículos prontos para qualquer tipo de terreno. Tudo isso mudou: hoje, todos são profissionais e possuem sistemas de navegação GPS. Além disso, o Rali Dakar é transmitido pela televisão.

Outra coisa que mudou ao longo do tempo é a rota. Até 1994, a sua rota original era mantida, começando em Paris e continuando na África. A partir daquele ano, cada edição teve um caminho diferente, tanto pela organização quanto por problemas políticos ou guerras.

Diferentes características da corrida

Desde o seu início até 1988, a competição era baseada em Paris, Argel e Dakar – daí o nome. Em 1989, a do meio foi mudada para a Tunísia e, em 1990 e 1991, para Trípoli. Em 1992, passou por Sirte e Cidade do Cabo, em 1993, por Tânger, e em 1995-1996 e 1998-1999, por Granada.

Breve história do Rali Dakar

Devido a alguns inconvenientes com a capital francesa, de 2002 a 2007 a competição não começou em Paris, mas em Arras, Marselha, Clermont e Lisboa.

Em 2008, a competição teve que ser cancelada por ameaças terroristas durante a passagem pela Mauritânia. Essa foi a principal razão da transferência do Rali Dakar para outro continente, mais precisamente para a América do Sul.

O Dakar em outro canto do planeta

Em 2009, os organizadores foram a Argentina e o Chile, e a competição foi realizada em diferentes áreas, como planícies, desertos e montanhas. Posteriormente, em 2011, o Peru foi adicionado à competição e também com uma breve passagem pela Bolívia.

As rotas tiveram como saída Buenos Aires – 2009, 2010, 2011, 2015 e 2016 – Mar del Plata – 2012 -, Lima – 2013, 2018 e 2019 -, Rosário – 2014 – e Assunção – 2017 -. Também passou por Valparaíso, Antofagasta, Arica, Copiapó, San Miguel de Tucumán, Iquique, Salta, La Paz e Córdoba.

Para a edição de 2020, o Rali Dakar foi transferido para a Arábia Saudita, sendo o único país por onde a competição passou.

Foi realizado entre os dias 5 e 17 de janeiro. Os pilotos partiram da cidade de Jeddah, com 12 etapas em terra e areia do deserto – e dunas de até 250 metros de altura. Passou pela a capital e terminou em Al Qiddiya.

Caminhão no Rali Dakar

Veículos usados ​​no Rali Dakar

O número e os tipos de veículos participantes do Rally Dakar mudaram com o passar das edições. Atualmente, existem quatro categorias principais de competição, com suas respectivas subcategorias:

1. Carros

Nesse grupo, podemos encontrar os veículos modificados – T1 -, veículos em série – T2 -, protótipos leves – T3 – e veículos com regulamentos de SCORE internacional.

2. Motocicletas

É a categoria mais perigosa, porque os pilotos ficam bastante desprotegidos, mas também a mais popular. A participação máxima de motocicletas é de 250 por edição, que podem ser customizadas para a competição.

3. Caminhões

É sem dúvida a categoria mais surpreendente, devido ao tamanho e envergadura dos caminhões que entraram no Rali Dakar em 1999. Eles são divididos em duas categorias: padrão – T4.1 – e modificado – T4.2 – . Todos são limitados a 140 km/hora por razões de segurança.

4. Quadriciclos

Também conhecidos como squad, são veículos de quatro rodas e os mais lentos do Rali Dakar. Eles devem ser endossados ​​pela Federação Internacional de Motocicleta para competir.

Quadriciclos

Além disso, podemos adicionar a categoria Side By Side – SxS -, que é a mais recente e de mais rápido crescimento, porque os custos desses veículos off-road são mais baixos que os outros.

Finalmente, deve-se notar que os principais vencedores do Rali Dakar são o francês Stéphane Peterhansel – motos e carros – com 13 vitórias, o russo Vladimir Chagin – caminhões – com 7 títulos e o tcheco Karel Loprais – caminhões – com 6 vitórias.


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  • Noriega, J. L. (2007). La cara más solidaria del rally Dakar. Cinco Días.

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