O que fazer depois de comer demais?
Às vezes, comemos mais do que o necessário ou recomendado. Seja por se tratar de uma ocasião especial, como, por exemplo, um aniversário ou um encontro com os amigos, ou então pelas características da comida, nem sempre conseguimos parar a tempo. O que fazer depois de comer demais?
Um dos principais componentes de uma dieta saudável é o equilíbrio calórico. É importante não ingerir mais calorias do que as que são gastas, para não engordar. Se isso acontecer, a saúde pode ser afetada negativamente no futuro.
A seguir, vamos listar algumas medidas recomendadas para esses momentos em que as orientações alimentares gerais não forem cumpridas, o que geralmente ocorre em ocasiões festivas ou durante os fins de semana. Tome nota para a próxima vez!
Depois de comer demais, consuma um alimento digestivo
Quando terminar de comer, se tiver ingerido alimentos demais, é recomendável comer uma fruta de natureza digestiva para evitar possíveis desconfortos gástricos.
Um exemplo disso é o abacaxi. Essa fruta contém a bromelina na sua composição, uma enzima com propriedades proteolíticas que facilita o processo digestivo subsequente.
Além disso, o abacaxi também tem um leve efeito diurético e, por isso, vai ajudar a evitar uma possível retenção de líquidos. Isso é especialmente útil para evitar a sensação de inchaço após uma refeição pesada. Assim, o risco de sofrer de desconforto estomacal ou intestinal é menor.
Faça exercício
Depois de comer demais, uma vez que a digestão tiver terminado, é aconselhável ativar o corpo para garantir o equilíbrio energético. A atividade física pode ser feita para aumentar as calorias gastas e mitigar o impacto da ingestão abundante de alimentos.
De acordo com uma pesquisa publicada na revista Circulation Research, o excesso de peso aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Por esse motivo, o exercício físico é fundamental, já que se trata de uma forma eficaz de prevenir esta situação prejudicial para o organismo.
Depois de comer demais… faça jejum
O jejum intermitente é um protocolo alimentar que, além de causar efeitos fisiológicos benéficos, também ajuda a manter o equilíbrio calórico. Depois de comer demais, é provável que você tenha energia suficiente para passar várias horas sem comer sem que isso represente qualquer prejuízo para a realização das atividades diárias.
Por meio do jejum intermitente, você vai conseguir reduzir o risco de ganhar peso, de acordo com um estudo publicado na revista Clinical Nutrition ESPEN. Além disso, você também terá uma menor resistência à insulina, processo favorecido pelas refeições abundantes ricas em carboidratos. A resistência à insulina é o precursora do diabetes tipo 2, uma doença crônica que condiciona o estilo de vida.
Por outro lado, o jejum também vai proporcionar um descanso para o corpo e para o sistema digestivo. Caso sinta fome e não consiga continuar com o período de jejum, experimente comer alimentos leves. Por exemplo, um iogurte com oleaginosas deve ser o suficiente para obter nutrientes de qualidade e reduzir a sensação de fome ou ansiedade.
Planeje-se para evitar comer demais
Ao planejar uma dieta, é importante que ela seja variada e balanceada do ponto de vista calórico. O ideal é nunca comer demais, embora às vezes isso seja difícil de fazer.
Os encontros familiares, por exemplo, são momentos em que todos tendem a comer mais do que precisam. Isso não será prejudicial para a saúde, desde que não se torne um hábito.
Se você seguir as dicas que propomos aqui, você será capaz de mitigar os efeitos de comer demais. Vale lembrar que algumas das estratégias discutidas podem ser aplicadas no dia a dia, pois trazem benefícios para a saúde que foram comprovados e contam com o aval da ciência.
Dessa forma, tanto a prática de exercícios físicos diários quanto o jejum intermitente colaboram para a redução do risco de desenvolvimento de doenças complexas a médio e longo prazo. Por isso, podemos afirmar que essas práticas contribuem para o desenvolvimento de um melhor estado de saúde, evitando assim as complicações decorrentes do sobrepeso e da obesidade.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Ortega FB., Lavie CJ., Blair SN., Obesity and cardiovascular disease. Circ Res, 2016. 118(11): 1752-70.
- Santos HO., Macedo RCO., Impact of intermittent fasting on the lipid profile: assessment associated with diet and weight loss. Clin Nutr ESPEN, 2018.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.