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Como funciona a dieta com baixo teor de oxalato?

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A dieta com baixo teor de oxalato apresenta uma série de vantagens para as pessoas com doença renal, mas também há desvantagens que devem ser levadas em consideração.
Como funciona a dieta com baixo teor de oxalato?
Última atualização: 18 dezembro, 2020

O oxalato é um composto residual que se origina no corpo humano, mas que também pode estar presente em alimentos comumente ingeridos. O seu consumo elevado gera um maior risco de desenvolver pedras nos rins. Por esse motivo, vamos comentar quais são as consequências e como funciona uma dieta com baixo teor de oxalato.

É preciso considerar que muitas das doenças renais são condicionadas por ineficiências na nutrição. O baixo consumo de água e até mesmo fatores genéticos podem desencadear o seu aparecimento. Até recentemente, afirmava-se – erroneamente – que o aumento da ingestão de proteínas também poderia causar danos a esses órgãos.

Como é a dieta com baixo teor de oxalato?

A dieta com baixo teor de oxalato é caracterizada por minimizar o consumo de alimentos que contenham essa substância. Basicamente, são os seguintes:

  • Mirtilos
  • Café
  • Cerveja
  • Chocolate
  • Espinafre
  • Oleaginosas
  • Laranjas
  • Beterraba
  • Soja
  • Tofu
  • Chá
  • Vegetais verdes

Conforme você pode ver, a maioria dos produtos que compõem a lista são alimentos de origem vegetal. Muitos deles se destacam pelo teor de nutrientes com caráter antioxidante e, por isso, é necessário adequar a dieta para garantir o consumo contínuo e eficiente de flavonoides.

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Consequências do consumo elevado de oxalato

Em pessoas geneticamente predispostas, a ingestão de grandes quantidades de oxalato através da dieta pode aumentar o risco de desenvolver cálculos renais.

Assim afirma uma pesquisa publicada na revista American Journal of Physiology. Nesse sentido, uma redução no consumo da substância pode ser benéfica para a proteção da saúde renal.

Ao mesmo tempo, o oxalato também pode interferir na absorção de alguns minerais no nível intestinal. Nesses casos, ele exerce um efeito semelhante ao dos fitatos, conforme evidenciado por um estudo publicado em Nutrición Hospitalaria.

Esse elemento pode se combinar com o cálcio dentro do tubo digestivo, reduzindo assim a biodisponibilidade do mineral. Por esse motivo, também é conhecido como um antinutriente.

Para evitar que o oxalato reduza a absorção de cálcio, é necessário aumentar o consumo dietético de vitamina D, bem como evitar o consumo de alimentos com alto teor desse composto juntamente com aqueles que contenham cálcio na sua composição.

Incorporar antioxidantes na dieta com baixo teor de oxalato

Conforme já discutimos, a dieta com baixo teor de oxalato restringe vários alimentos vegetais que são ricos em fitonutrientes. Essas substâncias têm a capacidade de modular a inflamação e de reduzir a oxidação do organismo, o que favorece a prevenção de patologias complexas.

Por isso, é necessário aumentar o consumo de flavonoides através de outras vias. Uma solução pode ser aumentar a presença do tomate na dieta. Esse alimento contém licopeno, um pigmento que se mostrou muito eficaz para prevenir doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.

Outra alternativa é a inclusão de suplementos com capacidade antioxidante. Os suplementos de antocianina e curcumina são a melhor opção. Ambos os flavonoides conseguem neutralizar a formação de radicais livres, o que tem um impacto positivo na saúde do indivíduo.

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Aumentar o uso de especiarias culinárias também é uma alternativa benéfica. Muitos desses ingredientes possuem fitonutrientes com capacidade anti-inflamatória na sua composição. Outros, como a pimenta, são capazes de promover a perda de peso por meio da ingestão da capsaicina.

A dieta com baixo teor de oxalato, um método de prevenção

Embora a formação de cálculos renais esteja ligada a um componente genético e à ingestão insuficiente de líquidos, uma dieta com baixo teor de oxalato pode ser benéfica para evitar o problema.

Portanto, se você tiver uma tendência a desenvolver pedras nos rins, você pode limitar os produtos mencionados acima na sua alimentação. Além disso, você também deve consumir mais líquidos diariamente, para promover a excreção de urina e de minerais por meio dela.

Lembre-se de toda restrição alimentar pode ser contraproducente, a menos que sejam tomadas as medidas apropriadas. No caso de uma dieta com baixo teor de oxalato, é necessário aumentar a ingestão de antioxidantes por outros meios.

Para isso, uma possibilidade é consumir uma maior quantidade dos vegetais permitidos. Além disso, outra opção é considerar a inclusão de um suplemento para corrigir a deficiência na dieta.


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