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Quais são as lesões esportivas nas costelas?

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Em termos gerais, são duas as lesões nas costelas: a contusão e a fratura. A principal causa é o impacto traumático, por isso elas estão associadas a atividades com possibilidade de contato ou golpes.
Quais são as lesões esportivas nas costelas?
Última atualização: 26 outubro, 2020

Sofrer lesões esportivas nas costelas pode deixar o atleta fora de atividade. Embora estes sejam ossos finos aos quais geralmente não damos atenção, eles são responsáveis ​​pela proteção de órgãos muito importantes, tais como pulmões e coração.

Um trauma torácico com força suficiente leva a danos internos perigosos. A pleura pode ser perfurada ou alguns dos nervos que correm nos espaços intercostais podem ser afetados. A recuperação é lenta e requer repouso absoluto. Descubra mais nesta leitura.

O que são as costelas?

As costelas são ossos que fazem parte da parede torácica. Além de proteger os órgãos atrás delas, tais como o coração e os pulmões, elas também participam da dinâmica respiratória graças aos músculos intercostais e ao diafragma.

Sem a mobilidade costal e a sua capacidade de expansão, seria impossível aumentar o volume de ar que entra diante de uma atividade que exige maior esforço. Ou seja, não seria fácil aumentar o suprimento de oxigênio para suprir o metabolismo das células durante os exercícios aeróbicos.

Há 24 costelas, organizadas em 12 pares, de cada lado do tórax. Elas são conectadas no centro por uma cartilagem que chega até o osso esterno, essa superfície dura no meio do peito.

Os dois últimos pares de costelas são chamados de flutuantes, pois não possuem essa conexão com as demais. Embora menores, são ossos que participam da cobertura do polo superior dos rins.

Entre as costelas, existe um espaço que carrega estruturas importantes: um feixe de artérias, veias e nervos que correm entre os músculos intercostais para irrigar e inervar grande parte do corpo.

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Duas lesões esportivas nas costelas

Conforme já foi mencionado, existem duas principais lesões esportivas que se referem às costelas. Uma delas é a fratura, que pode afetar um ou vários ossos. Por outro lado, temos a contusão, que resulta em uma mistura inflamatória entre o tecido ósseo e o músculo.

Fraturas nas costelas

As fraturas nas costelas ocorrem quando há perdas da continuidade óssea nessas estruturas anatômicas. A principal causa é o trauma originado por um agente externo, como, por exemplo, uma pancada no boxe ou uma queda de bicicleta.

Na comunidade médica, discute-se a diferença entre fissura e fratura. Na verdade, se há o que se chama de fissura, deve-se considerar que de fato há uma fratura, pois o osso perdeu a continuidade que une uma parte à outra. Para fins práticos, o tratamento é praticamente o mesmo.

Essa lesão esportiva nem sempre é pontual. Às vezes, encontramos uma fratura óssea tipo explosão ou múltiplas rupturas pequenas combinadas, o que aumenta o risco de que os fragmentos ósseos fiquem incrustados nos órgãos atrás deles. As complicações derivadas da fratura de costela podem ser especialmente graves:

  • Perfurações: a costela fraturada pode perfurar uma artéria grande ou o pulmão. Quando a pleura, que é a camada que reveste o tecido pulmonar, abre e se rompe, o ar que entra forma o quadro clínico do pneumotórax, que constitui uma emergência médica.
  • Rupturas: esta é uma complicação principalmente das costelas flutuantes. Quando fraturadas para dentro do corpo, dilaceram o fígado ou os rins. Pode haver abundante hemorragia desses órgãos, levando à peritonite por causa do acúmulo de líquido na cavidade abdominal.

Contusão de costela

Quando não há uma fratura, o traumatismo pode levar a uma contusão. Nesse caso, a área fica inflamada e são formados hematomas devido ao rompimento de artérias e veias. Por isso, a pele fica elevada e o toque é doloroso.

A pele passará pelas cores evolutivas do hematoma, e isso será indicativo do processo de cicatrização. Da mesma forma, com o repouso, a lesão tende a produzir menos dor e impotência funcional.

É comum que, no início, o atleta não consiga respirar normalmente e tenha dificuldade para mobilizar o membro superior do lado afetado.

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A recuperação é lenta. A cicatrização é calculada em mais de um mês, desde que o repouso indicado seja respeitado e que não sejam feitos esforços excessivos durante esse tempo.

A bandagem é uma possibilidade para acelerar o processo. Também pode ajudar aplicar frio local e, se prescritos por um médico, tomar analgésicos e anti-inflamatórios.

Praticar a reeducação respiratória é uma abordagem que está se tornando cada vez mais importante na fisioterapia que trata as lesões esportivas nas costelas. O profissional ensina ao atleta alguns exercícios que melhoram a dinâmica respiratória e que ajudam a superar a limitação funcional no início.

O repouso é o principal aliado para as lesões esportivas nas costelas

É fundamental fazer repouso diante de lesões esportivas nas costelas. Dentre os tratamentos, o mais eficaz é deter os movimentos para facilitar a cicatrização. De qualquer forma, isso deve ser acompanhado por uma abordagem médica que diagnostique o dano em sua extensão.

Para isso, são utilizados raios-X e tomografia computadorizada. Se necessário, serão prescritos medicamentos e serão indicadas sessões de fisioterapia. Portanto, se você sofrer um trauma durante a prática esportiva e sentir dores no peito, não demore para consultar um médico a fim de obter um diagnóstico preciso.


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