Fraturas no tornozelo durante esporte: por que ocorrem e como tratar

Você já teve uma fratura no tornozelo? Se você não conhece essa lesão, vamos explicar aqui por que ela ocorre e também como tratá-la.
Fraturas no tornozelo durante esporte: por que ocorrem e como tratar

Última atualização: 11 novembro, 2019

As fraturas no tornozelo durante a prática esportiva são uma das lesões mais comuns, e também são a causa mais frequente de visitas ao ortopedista. Quase todas as fraturas no tornozelo afetam um dos maléolos, que são as proeminências ósseas e que correspondem à articulação da tíbia e da fíbula no pé.

Anatomia do tornozelo

Para entender corretamente os tipos de fratura podemos sofrer, é importante conhecer a anatomia da articulação. Temos três ossos principais:

  • Tíbia: é o osso mais proeminente e volumoso da articulação e está localizado na face interna da perna.
  • Fíbula: acompanha a tíbia no seu trajeto a partir do joelho.
  • Astrágalo: é um osso do pé no qual os dois anteriores se articulam.
Fraturas no tornozelo

Imagem: nycpodiatra.com

Conforme mencionamos anteriormente, as fraturas geralmente afetam um ou mais maléolos. Esses maléolos são protuberâncias ósseas que temos no tornozelo.

  • O maléolo medial fica na parte interna do tornozelo e corresponde à porção distal da tíbia.
  • O maléolo posterior fica na parte de trás da articulação e também faz parte da porção distal da tíbia.
  • Finalmente, o maléolo lateral fica na parte externa do tornozelo e é a porção distal da fíbula.

Tipos de fratura

Existem muitos tipos de fratura no tornozelo que podem ocorrer durante a prática esportiva, uma vez que cada atividade em si é um fator de risco se não for realizada adequadamente e seguindo os conselhos de um profissional. Existem várias classificações para as lesões:

  • Classificação de Lauge-Hansen: diferencia as fraturas de acordo com o mecanismo com o qual ocorrem.
  • Classificação de Danis-Weber: classifica-as de acordo com o local onde ocorre a fratura da fíbula. Ela leva em consideração o nível em que ela foi produzida, tendo como referência a malha de tecido fibroso que une a tíbia e a fíbula.
  • Classificação de Herscovici: diferencia fraturas produzidas na tíbia distal (maléolo medial) de acordo com o nível em que ocorrem.

Sintomas

Devemos ter em mente que essas lesões são típicas de certos esportes. Os principais sintomas a partir dos quais podemos deduzir que sofremos uma fratura no tornozelo durante a prática esportiva são muito característicos.

Primeiramente, vamos perceber uma dor intensa e repentina após um movimento brusco ou trauma. A área ficará avermelhada em questão de minutos e vamos sentir dor tanto ao caminhar quanto ao aplicar uma carga. Inclusive, é possível sentir um forte desconforto ao toque.

Diagnóstico das fraturas no tornozelo durante a prática esportiva

Após a lesão, devemos confirmar o diagnóstico. Para isso, é necessário consultar o médico o mais rápido possível, que avaliará o tipo de fratura, a sua extensão e o tratamento mais adequado.

O diagnóstico é iniciado através do toque e da palpação. Em seguida, é feito um raio-X da articulação lesionada. Em algumas ocasiões, caso exista a possibilidade de fissuras, uma tomografia computadorizada também será feita para avaliar a extensão.

Diagnóstico das fraturas no tornozelo

Tratamento das fraturas no tornozelo durante a prática esportiva

Em primeiro lugar, é necessário enfatizar a importância da prevenção. Afinal, não será necessário tratar uma fratura no tornozelo se ela nunca ocorrer.

Portanto, devemos adquirir todo o conhecimento necessário para ter uma boa técnica durante os exercícios que formos executar. Caso exista desconforto na área, é conveniente tirar alguns dias de descanso e procurar um fisioterapeuta para uma avaliação.

O tratamento vai depender do tipo de fratura que ocorrer . Por exemplo, se a fratura não apresentar fissuras ou descolamentos ósseos, será realizado um tratamento mais conservador. No entanto, se tivermos complicações, uma cirurgia será necessária.

  • Tratamento conservador: o paciente deve ser reavaliado frequentemente, para o caso de haver um descolamento ósseo tardio. Uma tala de gesso será colocada para fixar a articulação durante o tempo que o médico considerar necessário. Geralmente, esse período pode ser superior a dois meses, período no qual o pé não pode ser apoiado e serão necessárias muletas. A prática esportiva pode ser retomada após seis meses.
Fisioterapia do pé
  • Tratamento cirúrgico: dependerá do tipo de fratura. Geralmente, a fíbula é parafusada com uma placa que mantém a estabilidade da articulação. Em outros casos, uma intervenção na tíbia distal pode ser realizada colocando parafusos para fixá-la também. Se houver uma lesão ligamentar associada à fratura, ela deve ser suturada durante o mesmo procedimento. A atividade esportiva poderá ser retomada em dois meses.

Tratamento fisioterapêutico

Também devemos enfatizar a importância do tratamento fisioterapêutico. É essencial que, durante todo o processo de recuperação, sejam feitos exercícios de mobilidade e de fortalecimento articular para que o tornozelo recupere todas as suas funções.

Ter um tornozelo saudável é essencial para a prática esportiva e também para evitar lesões futuras. Cuide do seu!


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