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Fratura do metacarpo, uma lesão comum no basquete

4 minutos
A fratura do metacarpo é uma das lesões mais comuns nas mãos, principalmente durante a prática esportiva. Como é feito o seu tratamento?
Fratura do metacarpo, uma lesão comum no basquete
Última atualização: 08 abril, 2021

A fratura do metacarpo é dolorosa e muito limitante para a vida diária da pessoa afetada. É uma patologia comum em certas modalidades esportivas, especialmente aquelas que requerem o uso permanente dos membros superiores.

A seguir, veremos do que se trata essa lesão, os mecanismos pelos quais ela ocorre e o que podemos fazer para uma recuperação mais rápida.

O que é o metacarpo?

O metacarpo é formado pelos 5 ossos que temos entre o pulso e os dedos. Ou seja, existe um osso para cada dedo na palma da mão.

Esses ossos são facilmente palpáveis ​​e têm a função de transmitir forças que nos permitem mover cada dedo individualmente. Eles também fornecem estabilidade e nos permitem ter uma amplitude de movimento muito maior do que se não os tivéssemos.

Assim como as falanges – cada um dos ossos dos dedos – estamos falando de ossos longos e bem finos. Isso, juntamente com o fato de serem bastante superficiais, aumenta as chances de sofrer uma lesão, principalmente em ambientes ou esportes nos quais as mãos são mais utilizadas.

Fratura do metacarpo

Quando falamos em fratura do metacarpo, estamos nos referindo à quebra de um dos 5 ossos entre o pulso e os dedos. A forma mais comum de sofrer essa lesão é durante a prática esportiva. No caso do basquete, esses ossos são usados constantemente para bater na bola, receber passes ou tentar interceptar passes entre adversários.

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Porém, o mais preocupante nesse sentido são as quedas, muito comuns nesta modalidade, assim como os golpes diretos. No caso das quedas, além de cair depois de um salto, aumentando o dano sofrido ao atingir o solo, pode acontecer de outro jogador cair sobre nós.

Por causa desse tipo de circunstância, há um duplo risco. Quanto aos golpes diretos, um adversário pode tentar tirar a bola de nós e bater contra o nosso metacarpo, por exemplo.

Outro esporte que predispõe a esse tipo de lesão é o boxe. Nesse caso, o mecanismo é claro: os socos. Estamos constantemente transmitindo forças intensas a esses ossos. Se não tomarmos os cuidados necessários e nos certificarmos de fazer o gesto esportivo correto, estaremos colocando a nossa saúde em risco.

Fora dos esportes, as maneiras mais comuns de sofrer uma fratura do metacarpo são as quedas e os acidentes de carro. Em ambos os casos, é provável usarmos as mãos instintivamente para impedir um impacto iminente. Porém, acabaremos recebendo toda a força do golpe nos ossos da mão e do pulso, o que pode fraturar qualquer um deles.

Como uma fratura do metacarpo é tratada?

Se tivermos sofrido um impacto desse tipo e tivermos muita dor na mão, devemos fazer os exames diagnósticos imediatamente. Se eles confirmarem que sofremos uma fratura do metacarpo, começaremos a reabilitação.

Nesse caso, o processo de reabilitação para que o osso se consolide novamente levará cerca de seis semanas, embora possa demorar ainda mais, de acordo com a gravidade da fratura. Em casos muito graves, podemos até mesmo precisar ser submetidos a uma cirurgia, conforme explicado em uma publicação na Revista Española de Cirugía Ortopédica y Traumatología.

Para começar, provavelmente teremos que usar uma tala ou um gesso para manter os dedos no lugar. Dependendo da extensão da lesão, a recomendação será esperar mais ou menos dias para começarmos a exercitar os dedos e até mesmo para retirar a tala e fazer movimentos mais amplos.

Durante este primeiro período, também devemos combater a inflamação, fazendo primeiramente a aplicação de frio e depois de calor. Além disso, devemos manter a mão elevada e a área em repouso.

Assim que a fratura estiver consolidada e não precisarmos mais usar a tala ou o gesso, será a hora de procurar um fisioterapeuta. Uma vez que estes são ossos de fácil acesso, o profissional poderá utilizar ​​uma ampla gama de técnicas para que a mão possa voltar à normalidade.

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Nesse sentido, é possível utilizar técnicas físicas como a magnetoterapia ou a aplicação de calor. Mobilizações, alongamentos e exercícios específicos também são alternativas. Um bom profissional vai ajustar as sessões de acordo com o que a lesão nos permitir fazer.

Em última análise, cabe destacar que, com uma reabilitação adequada, espera-se uma recuperação plena e um retorno à vida diária sem sequelas. Isso é confirmado pela literatura acadêmica recente, como, por exemplo, neste estudo publicado pela revista EMC – Técnicas Quirúrgicas – Ortopedia y Traumatología.

Tenha cuidado

Conforme foi visto, a fratura do metacarpo é uma lesão que ocorre principalmente quando se sofre um traumatismo direto. Por isso, é importante aprender a cair corretamente se praticarmos esportes nos quais as quedas são comuns ou usar as bandagens corretamente e aprender a dar os golpes de forma biomecanicamente perfeita se formos praticantes de boxe.

Ademais, a recuperação deve ser gradual para ser eficaz. Caso notarmos dormência, aumento da dor ou rigidez durante a reabilitação, devemos avisar um especialista. Se não houver complicações, voltaremos à normalidade após alguns meses.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • A. Ríos, H. Fahandezh, M. Villanueva et al. Tratamiento quirúrgico de las fracturas diafisarias de metacarpianos. Revista Española de Cirugía Ortopédica y Traumatología. Volume 50, Issue 1, 2006, Pages 22-29
  • L. Obert, I. Pluvy, C. Echallier et al. Fracturas de las falanges y de los metacarpianos. EMC – Técnicas Quirúrgicas – Ortopedia y Traumatología. Volume 11, Issue 2, June 2019, Pages 1-19
  • T. Baraona y E. Santos. Tratamiento fisioterapéutico en fracturas de metacarpianos y falanges. Trabajo para la Universidad Inca Garcilaso de la Vega. 2017.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.