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A importância da economia de corrida no running

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Atualmente, a corrida é uma das atividades físicas mais praticadas pela população em geral. No entanto, poucos conhecem certos aspectos fundamentais dessa disciplina, como é o caso da economia de corrida.
A importância da economia de corrida no running
Última atualização: 16 junho, 2020

Quando falamos de economia de corrida em um esporte tão popular como o running, nos referimos a um dos fatores diferenciais nessa disciplina. A economia de corrida é fundamental para deixar o desempenho do corredor no seu patamar mais alto.

O que é a economia de corrida?

Podemos definir a economia de corrida como a quantidade ou o consumo de oxigênio que o corpo precisa para poder correr mantendo uma certa velocidade. Diante dessa definição, fica evidente a importância desse conceito para o desempenho do atleta.

É importante destacar a diferença da economia de corrida entre corredores de longa distância e corredores de provas mais curtas. Quanto maior a distância percorrida, mais a economia de corrida se torna um fator diferencial.

O fator da economia de corrida, juntamente com o VO2 máximo ou o limiar de lactato, tornam-se preditores do desempenho do atleta em provas de fundo.

Quais fatores influenciam a economia de corrida?

Os fatores que influenciam a economia de corrida podem ser diferenciados entre extrínsecos e intrínsecos. Abordaremos cada um deles a seguir.

Fatores extrínsecos

Aqui, entram todas as variáveis ​​externas ao próprio atleta e que fazem parte do ambiente. As mais importantes são as seguintes:

  1. Clima e temperatura.
  2. Material esportivo: no caso do running, o calçado tem grande importância.
  3. O terreno, assim como sua localização, prestando especial atenção à sua altura em relação ao nível do mar.
  4. Fatores aerodinâmicos, mas em menor grau.
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Fatores intrínsecos

Aqui, entram as variáveis ​​que dependem exclusivamente da fisiologia do atleta:

  1. Aspectos neuromusculares, como o tipo de fibra muscular.
  2. Fatores metabólicos.
  3. Aspectos biomecânicos, como a largura da passada ou a postura.
  4. Valores fisiológicos e antropométricos, como idade, altura, etc.

Posso medir facilmente minha economia de corrida?

Você pode medir sua economia de corrida através de vários métodos que permitem saber seus níveis máximos de VO2, um dos melhores preditores do nosso nível físico na corrida.

O mais complexo — e também mais caro — é o teste de estresse. Se além desse teste você realizar uma análise de gases, os resultados serão muito mais precisos.

No entanto, na maioria dos casos, muitos não têm a possibilidade de realizar essa análise. Portanto, é possível escolher um dos seguintes testes, que fornecem valores estimados do seu nível:

  • Teste Course-Navette: consiste em realizar uma corrida de 20 metros após um sinal sonoro. Esse sinal se acelera gradualmente, aumentando assim o ritmo da corrida.
  • Teste de Cooper: consiste em correr a máxima distância possível em um período de 12 minutos.

Como melhorar a economia de carreira?

Para melhorar a sua economia de corrida, você deve treinar 5 aspectos que são considerados básicos: resistência, força, flexibilidade, treino em altitude e, finalmente, nutrição. A seguir, abordaremos cada um deles separadamente.

Treinamento de força

A força é um fator diferencial para melhorar a sua economia de corrida. Para isso, você deve se concentrar fortemente no trabalho dos membros inferiores para melhorar a coordenação e a ativação a nível muscular.

Com esse objetivo, o trabalho mais eficaz é aquele com uma velocidade de execução muito alta e com cargas elevadas. Nesse caso, o treino explosivo é o mais recomendado, como mostra Berryman em sua pesquisa.

Treino de resistência

Se você realizar um bom treino de resistência, será mais eficiente a níveis metabólico e cardiorrespiratório, o que otimizará bastante sua economia de corrida.

Isso é possível graças às adaptações que você realiza com esse tipo de treino, que melhora a capacidade oxidativa muscular e os níveis de oxigênio necessários.

O treino HIIT, assim como o treino em subidas, permite que você aumente seu nível máximos de VO2 e, portanto, que você seja mais econômico na corrida.

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Trabalho de flexibilidade para a economia de corrida

Também é necessário ter uma boa flexibilidade de todos os eixos envolvidos, tanto na flexão como na extensão do quadril. Para conseguir isso, é necessário trabalhar muito bem todos os grupos musculares que atuam como estabilizadores da pelve.

Da mesma forma, a musculatura do psoas e dos isquiotibiais deve ter grande flexibilidade, diferentemente das estruturas músculo-tendíneas dos joelhos e tornozelos, que devem ter uma rigidez adequada.

Treino em altitude

Quando você treina em altitude, ocorre tanto uma estimulação quanto adaptações no corpo e, consequentemente, na sua capacidade de usar e distribuir oxigênio. Tudo isso tem consequências positivas em sua economia de corrida.

Aspecto nutricional

Novamente, devemos mencionar o valor da nutrição como fator fundamental para ter uma boa economia de corrida. Nesse caso, recomenda-se a ingestão de nitratos, como os que podem ser encontrados no suco de beterraba.

Esses benefícios se dão em grande parte graças à economia de ATP durante a contração muscular, que ao mesmo tempo diminui os níveis de consumo de oxigênio.

Como você pode ver, ter uma boa economia de corrida é um fator fundamental em um esporte tão praticado como o runningCuidar do seu treinamento, bem como da sua nutrição, permitirá que você seja mais eficiente na corrida e esteja mais perto de alcançar seus objetivos.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Barnes, K. R., & Kilding, A. E. (2015). Strategies to improve running economy. Sports Medicine, 45(1), 37-56.
  • Berryman, N., Maurel, D., & Bosquet, L. (2010). Effect of plyometric vs. dynamic weight training on the energy cost of running. Journal of Strength and Conditioning Research, 24(7), 1818-1825.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.