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Existe discriminação no esporte?

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Através da mídia já pudemos e ainda podemos testemunhar muitos episódios de discriminação no esporte. As causas são variadas: por motivo de raça, gênero, religião ou ideias políticas. O esporte deve unir a sociedade e não causar conflitos.
Existe discriminação no esporte?
Última atualização: 07 julho, 2019

A discriminação no esporte existe e se torna evidente através de escândalos públicos. Além do fanatismo esportivo, ainda testemunhamos atos discriminatórios por questões de raça, gênero, religião ou ideias políticas. Paradoxalmente, cada modalidade se declara como um espaço de integração do ser humano.

Em resumo, o esporte parece servir tanto para unir quanto para dividir. Enquanto isso, instituições e autoridades esportivas estão desenvolvendo grandes campanhas para educar a população.

O que é a discriminação no esporte?

A discriminação envolve ações e pensamentos que separam alguns grupos de pessoas de outros de acordo com um determinado critério. No ato discriminatório, o indivíduo considerado ‘diferente’ é desfavorecido e agredido. Mais especificamente, discriminar envolve ofender e agredir o outro.

Lamentavelmente, todas as manifestações discriminatórias têm lugar no esporte. Tanto os protagonistas de cada modalidade quanto os seus seguidores podem praticar esses atos. Por serem situações de enorme importância, os eventos esportivos sempre foram cenário para discriminar os outros.

Um passado discriminatório

Dirigentes, atletas e instituições misturam as práticas esportivas com questões de natureza ideológica e política. Isso aconteceu bastante no passado: na África do Sul, Nelson Mandela usou o Rugby como elemento integrador, mas há quem faça um uso negativo do esporte.

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Os Hooligans e os times de beisebol com segregação racial são uma amostra do passado discriminatório do esporte. Hoje 80% dos jogadores da NBA são afro-americanos, mas houve um tempo em que eles não podiam ser contratados.

Além disso, os primeiros clubes de futebol mexicanos não podiam ter mexicanos no banco: apenas ingleses.

É claro que as realidades sociais do início do século XX eram muito diferentes das atuais. No entanto, foi somente em 1995 que a France Football aceitou que jogadores não europeus competissem pelo prêmio Bola de Ouro.

Atualmente, ainda podemos ver expressões de discriminação no esporte, embora também haja esforços para erradicá-las. Alguns problemas persistem mas estão sendo trabalhados, como acontece com o racismo, por exemplo.

Ao mesmo tempo, outras questões de discriminação estão sendo tratadas: o repúdio ao esporte feminino e à homossexualidade e os maus tratos aos atletas com deficiência são outras ações que estão tentando eliminar.

Como combater a discriminação no esporte?

Estas são algumas das ações colocadas em prática para tentar erradicar a discriminação no esporte:

  • Sanções e campanhas educativas: sanções disciplinares e propagandas educativas são essenciais na erradicação da discriminação esportiva. Essas sanções foram criticadas pelo fato de terem poucas consequências práticas. Por todas essas razões, foram gerados outros tipos de ação antidiscriminação.
  • Financiamento antidiscriminação: um dos problemas da discriminação é que os grupos marginalizados têm menos oportunidades. Por essa razão, atualmente o desenvolvimento do esporte nesses grupos é incentivado pelas instituições esportivas. Um exemplo disso é o crescimento atual das ligas femininas de futebol, basquete e luta livre. Também há uma Olimpíadas para deficientes.
  • Inclusão de minorias no esporte: atualmente, a inclusão de grupos historicamente discriminados em estruturas esportivas tradicionais está sendo avaliada. Essa é, talvez, a posição mais controversa e difícil em termos de lutar contra a discriminação no esporte.

Desafios atuais para a luta contra a discriminação esportiva

O esporte apresenta realidades díspares e difíceis de conciliar para evitar a discriminação. Por um lado, os esportes devem servir para unir e ações são tomadas a esse respeito. Por outro lado, a realidade competitiva motiva uma diferenciação necessária.

Então, por exemplo, seria muito díspar colocar jogadores com deficiências para competir com pessoas com habilidades completas. Algo semelhante acontece com as competições entre gêneros e o problema que surge diante da inclusão de homens transexuais em competições femininas.

No entanto, medidas já estão sendo tomadas para promover a luta contra a discriminação no esporte. Isso pode ser visto no futebol, com o surgimento das primeiras árbitras e treinadoras nas ligas masculinas. Da mesma forma, outras competições e divisões alternativas estão sendo promovidas.

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À procura de um critério antidiscriminatório

Como sempre, o problema será identificar onde termina a discriminação e onde começa o desequilíbrio. Esse será o desafio das instituições esportivas no mundo inteiro, o que pode ainda esbarrar em fatores como cultura e religião, como acontece no caso dos países islâmicos em relação à prática feminina de alguns esportes.

Se essas ações seguirem o seu curso e forem bem-sucedidas, no futuro continuaremos a ver manifestações antidiscriminação em todos os esportes. Os próprios grupos minoritários exigirão e ocuparão espaços que não podiam ocupar anteriormente. 


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • aldarte.org. Identidad, género y discriminación en el deporte. Extraído de: http://www.aldarte.org/comun/imagenes/documentos/identidad%20genero%20discriminaci%F3n%20en%20el%20deporte.pdf
  • Ministerio de Educación, Cultura y Deporte. Discriminación y deporte. Extraído de: http://recursos.cnice.mec.es/edfisica/publico/articulos/articulo16/discriminacion_y_deporte.pdf

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