Deslocamento da rótula: o que você precisa saber

Quando a rótula sai do lugar, dizemos que está deslocada. Para sua recuperação, é necessário imobilização e exercícios por cerca de dois meses.
Deslocamento da rótula: o que você precisa saber

Última atualização: 24 outubro, 2019

As pernas são suscetíveis a numerosas lesões. Um de seus elementos-chave é a rótula, e seu deslocamento pode impedir que uma pessoa leve uma vida normal por quase dois meses. O tratamento exige imobilização e várias semanas de exercícios para fortalecer a área afetada novamente.

O que é a rótula?

A rótula é um osso triangular localizado na região anterior da perna, na altura do joelho. Está ligada ao tendão do quadríceps em sua parte superior e ao tendão rotuliano, ligado à tíbia, em sua parte inferior.

S ua função, portanto, é transmitir a força do quadríceps para a parte inferior da perna. Graças a isso, nos permite realizar ações tão importantes como caminhar ou correr, além de ser essencial para os atletas na hora de realizar ações como chutar uma bola ou pular.

O fato de um osso tão pequeno ter uma função tão importante significa que, quando uma lesão aparecer, teremos interesse não apenas em curá-la o mais rápido possível, mas também em evitar que volte a ocorrer.

Como ocorre um deslocamento da rótula?

Uma rótula deslocada ocorre quando o osso sai de sua posição normal. Por estarem conectadas apenas pela parte de cima e de baixo, os deslocamentos mais frequentes da rótula são no sentido lateral ou medial.

Como ocorre um deslocamento da rótula?

As causas mais frequentes são pancadas ou mudanças repentinas de direção da perna após apoiá-la no chão. O paciente também pode ter uma predisposição a sofrer desse tipo de patologia de maneira congênita, com uma formação de ossos e outras estruturas que aumentam o risco de sofrer essas lesões.

No entanto, também foram descritos casos de deslocação superior devido à presença de osteófitos. Nesse caso, a patologia também envolve a extensão forçada da perna afetada e, além dos sintomas clássicos de dor, também apresenta inflamação e formigamento.

Quando isso acontece, dependendo da gravidade da lesão, duas situações podem ocorrer:

  • A rótula voltar ao seu lugar sozinha.
  • Necessidade de um especialista para colocá-la de volta no lugar correto.

Em ambos os casos, o fato de a patela ter saído de seu lugar faz com que estruturas circundantes, como os tendões mencionados anteriormente, os ligamentos ou a cápsula articular fiquem enfraquecidos.

Isso significa que alguém que sofre um deslocamento da rótula torna-se mais suscetível a sofrê-la novamente. Também significa que uma boa recuperação dos tecidos danificados após a lesão será essencial para evitar reincidências.

Como é a recuperação?

Exceto nos casos mais extremos ou naqueles em que há uma instabilidade patelar que gera várias luxações, um deslocamento da rótula não exige uma intervenção cirúrgica.

O tratamento para deslocamento da rótula exige imobilização e várias semanas de exercícios para fortalecer a área afetada novamente

Em todos os outros casos, reabilitação começa com a colocação de uma tala para imobilizar a articulação afetada. Passado o tempo suficiente para permitir a cicatrização dos tecidos moles, são iniciados os exercícios.

O tratamento ideal para essa lesão está em constante evolução. No entanto, uma evidência científica mais recente sugere que existem trabalhos que ajudam a reeducar o joelho de uma forma mais natural.

Nesse sentido, os exercícios de cadeia cinética fechada para quadríceps e glúteos (como agachamentos) e fazer o joelho voltar a suportar peso por períodos breves de tempo é um pouco mais eficaz do que os exercícios de cadeia cinética aberta (levantar a perna enquanto estamos deitado ou alongá-la estando sentados, por exemplo).

Portanto, se você sofrer um deslocamento da rótula, precisará manter um descanso relativo (ou absoluto, dependendo da gravidade) por não mais que três semanas. Depois, gradualmente você poderá retornar à rotina normal. A recuperação completa é alcançada após aproximadamente sete semanas.

No caso dos atletas, um médico ou fisioterapeuta deve avaliar a capacidade dos tecidos moles e aprovar a retomada de qualquer atividade esportiva.


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