A flora intestinal: um bom escudo para o atleta

É importante manter a flora intestinal equilibrada, e isso é especialmente verdade para os atletas, já que algumas das suas funções estão intimamente ligadas a nutrientes e processos metabólicos essenciais para o esportista.
A flora intestinal: um bom escudo para o atleta

Última atualização: 20 fevereiro, 2019

A flora intestinal do organismo tem funções muito importantes, como a manutenção da capacidade do organismo de assimilar e sintetizar nutrientes e intervir na digestão de alguns componentes da dieta.

Funções da flora intestinal

As principais funções da flora intestinal são a defesa e a nutrição. Hoje vamos falar sobre ela para conhecermos um pouco mais das suas funções também na vida do atleta.

Na função de defesa, um dos mecanismos mais importantes são as bactérias que habitam as paredes do intestino.

O fato de haver um equilíbrio correto impede que outras bactérias que possam ser prejudiciais se instalem. Isso faz com que indiretamente elas ajudem a desenvolver o sistema imunológico e favoreçam a produção de anticorpos.

Síntese de vitaminas

Como já sabemos, o papel desempenhado pela flora intestinal em nosso estado nutricional é muito importante, motivo pelo qual devemos levar isso ainda mais em conta se praticamos esportes; principalmente devido ao seu envolvimento na síntese de vitamina K e de outras vitaminas do grupo B (B1, B6, B12 e ácido fólico).

A vitamina K pode ser encontrada em alimentos como a alfafa, fígado, alga, gema de ovo, iogurte e óleo de peixe. Mesmo assim, a principal e mais importante fonte dessa vitamina é a flora intestinal.

As principais funções nas quais essa vitamina intervém são a coagulação do sangue e a manutenção saudável do nosso sistema ósseo.

Garota comendo iogurte

Em relação às vitaminas do complexo B, a grande maioria participa, de uma forma ou de outra, nas reações de produção de energia a partir de carboidratos e gorduras que consumimos em nossa dieta.

Além disso, algumas delas intervêm na formação e estabilidade dos glóbulos vermelhos. Por todas estas razões, devemos manter uma flora intestinal equilibrada para ajudar a manter os parâmetros esportivos ideais.

Absorção de minerais

Para os atletas, a flora intestinal também é muito importante porque favorece a absorção de minerais essenciais para a realização de esportes, como ferro, cálcio, zinco ou magnésio. A grande maioria dos minerais encontrados em nossa dieta fica frequentemente retida na fibra que nosso corpo não é capaz de absorver.

Outra de suas funções é aumentar a qualidade nutricional de alimentos ricos em fibras, como legumes, verduras, frutas, cereais ou soja.

Garota comendo salada

As bactérias da flora são capazes de metabolizar alguns dos componentes destas fibras e liberar minerais, que são componentes muito importantes para o desenvolvimento de qualquer tipo de atividade física.

Probióticos

Para ajudar nesta função, existem produtos chamados probióticos. Eles podem ser positivos porque beneficiam a permeabilidade intestinal e atuam em reações inflamatórias.

Os probióticos são produtos alimentares feitos a partir de microrganismos vivos benéficos para a saúde. O consumo desses alimentos estimula os mecanismos de defesa e também ajuda a estabilizar a flora intestinal existente em nosso corpo.

Tudo isso faz com que tenhamos um efeito positivo na barreira intestinal. Como dissemos antes, está provado que eles ajudam a normalizar a permeabilidade intestinal.

Atualmente, o mercado oferece um grande número de produtos com os quais podemos cuidar e manipular nossa flora intestinal. Além disso, cada vez há mais estudos que demonstram e evidenciam os diferentes efeitos benéficos que eles produzem na saúde.

Em conclusão, dadas as funções da flora intestinal na absorção ou produção de alguns nutrientes essenciais para o esporte, o atleta pode levar em conta essa opção ao cuidar do equilíbrio da flora intestinal e manter seu desempenho físico em ótimo estado.


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  • Simon, G. L., & Gorbach, S. L. (1984). Intestinal flora in health and disease. Gastroenterology, 86(1), 174-193.


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