Pete Sampras, um tenista que fez história

Com seus 14 torneios de Grand Slam, Pete Sampras está posicionado como terceiro colocado entre os melhores da era Open, atrás apenas de Roger Federer e Rafael Nadal, que ainda estão ativos.
Pete Sampras, um tenista que fez história

Última atualização: 24 janeiro, 2019

Petros Sampras, mais conhecido como Pete Sampras, é um ex tenista norte-americano que começou sua carreira em 1988.

Em toda a sua carreira ele ganhou 14 torneios de Grand Slam, dois deles no Aberto da Austrália -1994 e 1997-, sete Wimbledon -1993, 1994, 1995, 1997, 1998, 1999 e 2000- e cinco US Open -1990, 1993, 1995, 1996 e 2002.

Deve-se notar que ele não conquistou nenhum Roland Garros, só conseguiu chegar a uma semifinal do torneio em terra batida.

Uma trajetória cheia de títulos

O americano acumulou 286 semanas como o número um do ranking da ATP, o que caracteriza a segunda melhor marca da era Open, perdendo apenas para Federer. Além disso, ele terminou seis anos no primeiro lugar do ranking ATP, recorde atual da era Open.

Pete Sampras em jogo

Pete ganhou onze títulos da ATP Masters Series, incluindo três em Miami e Cincinnati e um em Roma, e alcançou dezenove finais. Ele também ganhou cinco edições da ATP Tour World Championships.

Sampras foi considerado por muito tempo o melhor tenista de todos os tempos, até a chegada do jogador suíço Roger Federer.

Paul Annacone, o técnico norte-americano que dirigiu Pete Sampras em vários momentos de sua carreira (também mentor de Roger entre 2010 e 2014), afirmou que ele encontra múltiplas semelhanças entre os dois tenistas.

Um saque e uma direita temidos por seus rivais

Pete Sampras foi apelidado de “Pistol Pete” porque quando ele estava preparando um de seus golpes antes da execução, ele parecia desenhar uma arma em um duelo no estilo de um cowboy.

Graças ao seu golpe certeiro de direita que ele jogava no fundo da quadra com um punho fechado, tradicionalmente conhecido como “oriental”, ele conseguiu pontos de vitória poderosos.

John McEnroe – parceiro de duplas de Sampras na equipe da Copa Davis dos Estados Unidos – o ajudou a aperfeiçoar a técnica de recebimento e voleio, dando-lhe conselhos. Isso o fez ter um jogo agressivo, natural e criativo.

Seu serviço poderoso, variado e natural permitiu usar praticamente todos os efeitos possíveis que podem ser executados em uma bola de tênis. O resultado foi devastador, pois atingiu 135 quilômetros por hora e, até hoje, é estudado em seus aspectos mecânicos e técnicos.

Quanto ao seu backhand, ele também usava um cabo “oriental” e, para o seu forehand, usava o clássico continental.

Sua melhor marca pessoal foi o remate voador ‘smash flying’ ou ‘jumping smash’ que sempre levantava os fãs da cadeira graças a sua espetacularidade depois de arrematar uma bola do oponente.

Um estilo de jogo muito completo

Em quadras rápidas, como grama, grama artificial ou carpete e quadras de concreto, seu jogo era imparável. Por outro lado, em quadras lentas como terra batida, seu jogo não tinha a mesma vantagem, já que seu serviço não era tão decisivo.

Apesar das suas deficiências na terra batida, seu jogo é considerado um dos mais completos da história do esporte, já que em quadras duras Sampras podia realizar praticamente todos os golpes possíveis e conhecidos com perfeição em situações de pressão máxima.

Pete Sampras em um jogo

Além disso, ele já foi capaz de ganhar uma partida jogando desde o fundo da quadra, variando alternadamente com ataques ocasionais na rede ou, ao contrário, com o estilo de jogo saque e voleio na rede praticamente um jogo inteiro.

Ele cresceu no jogo mental e tático ao longo dos anos, aprendeu a mostrar determinação e coragem em momentos-chave, e assim conseguiu superar situações, rivais e marcadores muito adversos.

Alguns dos especialistas mais experientes deste esporte, como Bud Collins, defendem que ele ainda pode ser considerado o melhor da história, embora Federer o supere em números de Grand Slam conquistados.

Collins se apoia no argumento de que a geração de tenistas era tão numerosa e talentosa em todos os aspectos que era muito mais difícil dominar o cenário como Pete Sampras fazia.


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