4 curiosidades sobre o Grande Prêmio de Spa Francorchamps

Os carros estão se tornando cada vez mais avançados tecnologicamente e novos circuitos adaptados aos novos tempos estão sendo construídos, mas a verdadeira essência da competição está nos circuitos lendários, tais como o Grande Prêmio de Spa Francorchamps
4 curiosidades sobre o Grande Prêmio de Spa Francorchamps

Última atualização: 02 janeiro, 2019

O Grande Prêmio de Spa Francorchamps é uma das provas mais famosas do Mundial de Fórmula 1. Ao longo de quase sessenta anos, esse circuito deu origem a inúmeras curiosidades. Nele, aconteceram algumas das melhores ultrapassagens da Fórmula 1.

É o circuito mais longo do mundial

Com um comprimento de 7004 metros, o circuito do Grande Prêmio de Spa Francorchamps é o mais longo do Mundial de Fórmula 1. Quando comparado com circuitos tais como o de Monte Carlo, percebe-se que o circuito de Mônaco tem menos da metade da extensão do belga.

Se você acha surpreendente que cada volta tenha mais de 7 quilômetros, você vai ficar ainda mais surpreso em saber que, no princípio, o circuito de Spa tinha um comprimento de 14 quilômetros.

No ano de 1978, decidiu-se encurtá-lo e deixá-lo com o tamanho atual. Esta decisão foi tomada como consequência da dificuldade de sediar corridas em uma pista tão longa. Quando havia um acidente, demorava muito tempo para socorrer as vítimas e avisar o restante dos pilotos.

Além disso, como a pista era tão longa e o clima na região é tão instável, muitas vezes chovia apenas em alguns pontos do circuito. Isso era ao mesmo tempo perigoso para os pilotos e difícil para os engenheiros na hora de elaborar uma estratégia.

Eau Rouge, o grande símbolo do Grande Prêmio de Spa Francorchamps

Certamente, quando qualquer fã pensa no circuito de Spa, a primeira coisa que vem à mente é a curva Eau Rouge. Ela recebeu o nome de Eau Rouge, “água vermelha”, porque nas suas imediações passa um pequeno riacho com água avermelhada. Esta é a curva preferida de muitos pilotos.

Eau Rouge, o grande símbolo do Grande Prêmio de Spa Francorchamps

A Eau Rouge, na verdade, é mais uma sucessão de ligeiras curvas ascendentes localizadas no trecho inicial do circuito. Os pilotos a percorrem com uma velocidade de mais de 300 km/h.

No passado, o mérito e a verdadeira dificuldade recaíam em fazê-la rapidamente com a maioria dos pilotos se vendo forçados a pisar no freio levemente enquanto subiam por ela.

Atualmente, os carros de Fórmula 1 a percorrem rapidamente sem qualquer dificuldade. Isto levou à perda de um pouco da magia de um ponto tão lendário na história da competição, mas mesmo assim esta ainda continua sendo a marca do circuito belga.

Ayrton Senna, Eau Rouge e Deus

Assim como já comentamos anteriormente, a Eau Rouge é o emblema do circuito e uma das mais famosas curvas de todo o calendário. A dificuldade de fazê-la e a sua impressionante subida fazem com que ela seja uma das curvas mais técnicas e perigosas do campeonato.

No caso de Ayrton Senna, pode-se dizer que ela ia mais além de ser o seu fetiche enquanto curva; já que o brasileiro chegou a dizer aos repórteres que, quando ele a percorria, ele conseguia conversar com Deus.

Declarações surpreendentes que descrevem perfeitamente a religiosidade de Ayrton Senna e a conexão que ele tinha com o circuito belga.

Ayrton Senna

A melhor ultrapassagem na história da Fórmula 1

Ao longo da história houve milhares e milhares de ultrapassagens; mas apenas algumas entraram para a história como as melhores.

Uma delas, ou aquela que para muitos especialistas é considerada a melhor; ocorreu nesta parte do circuito no ano 2000. O protagonista foi Mika Hakkinen; ele ultrapassou Michael Schumacher com Ricardo Zonta como testemunha.

Hakkinen e Schumacher estavam lutando pelo mundial; então os dois saíram com o claro objetivo de ganhar a corrida. Hakkinen tentou ultrapassar o Kaiser na volta anterior; mas foi impossível.

Porém, na volta seguinte, ele aproveitou a presença de um retardatário -Ricardo Zonta- então, juntamente com uma freada espetacular, se colocou à frente de Schumacher.

Apesar da passagem dos anos e dos avanços tecnológicos que facilitam a direção, bem como do surgimento de novos circuitos cuidadosamente projetados para proporcionar o melhor espetáculo, o Grande Prêmio de Spa Francorchamps tem no seu asfalto uma parte daquilo que a Fórmula 1 significa.


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