Diego Maradona: o gênio do futebol mundial

Amor e ódio em partes iguais. É o que Diego Maradona desperta na maioria dos amantes do futebol. Por que ele é considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos? Descubra a seguir.
Diego Maradona: o gênio do futebol mundial

Última atualização: 19 agosto, 2019

A descrição tão precisa quanto poética que nasceu da engenhosidade de um redator permite descrever perfeitamente o que Diego Armando Maradona foi para o futebol. A seguir, vamos rever os principais feitos desse mítico atleta argentino.

Não há lugar no planeta onde Diego Maradona não seja conhecido. Embora ele sempre tenha sido um personagem extravagante e com muita astúcia para se colocar no centro das atenções – para o bem e para o mal – o seu talento é reconhecido por todos.

Principalmente na Argentina e em Nápoles, na Itália, Maradona foi um marco na história do futebol. Ele alcançou esse feito pela sua capacidade de drible, pelos gols inacreditáveis e por um palavreado inigualável. Hoje vamos encarar a difícil tarefa de resumir a vida esportiva de Maradona.

A glória esportiva de Diego Maradona

Qualquer ordem escolhida para enumerar os feitos de Maradona é injusta se não for iniciada por aquilo que ele foi como jogador. Canhoto, habilidoso, fisicamente potente apesar de sua baixa estatura, e com uma leitura de jogo inigualável, esse craque sempre levou as suas equipes a posições privilegiadas.

Seus melhores momentos foram com a seleção argentina. Ele ficou de fora da seleção que acabaria vencendo a Copa do Mundo de 1978 justamente na Argentina, mas isso não impediu que ele construísse uma carreira maravilhosa desde então. Apenas um ano depois, ele foi campeão mundial sub 20 com as cores do seu país.

Em 1982 na Espanha, na sua primeira Copa do Mundo, o desempenho da equipe não foi o esperado. No entanto, no México, em 1986, ele escreveu o seu nome na história do futebol.

Nas quartas de final do torneio, Diego Maradona fez o melhor gol da história das Copas do Mundo. O redator uruguaio Victor Hugo Morales o descreveu como ‘o gênio do futebol mundial’ no início daquela corrida mágica de 11 segundos, na qual ele deixou  seis rivais para trás.

A glória esportiva de Diego Maradona

Como se isso não bastasse, no mesmo jogo ele ainda marcou um gol com a mão que o árbitro validou. Dessa forma, a Argentina derrotou por 2 a 1 o único país contra o qual ela esteve em um conflito armado – durante a Guerra das Malvinas, em 1982 – e Maradona ficou imortalizado como o ‘justiceiro’ que todos esperavam.

Sua trajetória em clubes

Sem dúvida, esse jogador de futebol argentino também se destacou com a camisa de muitos clubes. No auge de sua carreira, ele estreou como profissional no Argentinos Juniors em 1976.

Ele foi, então, emprestado ao Boca Juniors, apesar de outros clubes terem feito ofertas melhores. O amor de Maradona pelo Xeneize foi fundamental nessa transferência.

Anos depois, em 1982, o FC Barcelona o compraria por 1.200 milhões de pesetas, o que era bastante dinheiro na época. No entanto, uma lesão grave causada pelo jogador basco Antoni Goikoetxea, bem como vários meses de inatividade devido a uma apendicite e uma hepatite, jogaram contra ele.

Em 1983, a final da Copa do Rei reuniu Maradona com o homem que o deixou fora de campo durante três meses e meio – Goikoetxea – houve uma batalha campal que terminou com muitos jogadores suspensos.

Maradona foi um deles. Sua sentença imposta pela Federação Espanhola de Futebol foi de três meses e promoveu a sua saída do clube catalão.

Dessa forma, ele foi vendido ao Napoli, onde ganhou um Scudetto, uma Copa da Itália e uma Copa da UEFA. Naquela época, o clube estava acostumado a lutar para permanecer na categoria principal. A chegada de Diego Maradona mudou a equação radicalmente, e é por isso que ele é reverenciado até hoje.

Os clubes de Maradona

Imagem: Vice.com

Sua passagem pela Europa terminou em Sevilha. Sem ter brilhado muito no clube andaluz, ele retornou para a Argentina para jogar no Newell’s Old Boys – clube no qual Lionel Messi começou a jogar na base.

Após a sua punição por doping em 1994, Maradona vestiu a camisa do Boca novamente, até se aposentar em 1998.

O doping

Na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, o teste de Diego Maradona para doping deu positivo por uso de efedrina e outros derivados, uma substância que não é proibida atualmente. Naquela época, ele disse que as ‘suas pernas foram cortadas’. Essa é mais uma das suas muitas frases famosas lembradas por todos.

Sua equipe, que foi campeã em 1986 e vice-campeã na Itália em 1990, sucumbiu nas oitavas de final contra a frágil Romênia. Os jogadores disseram que a situação de Maradona, que carregava uma relação com as drogas desde a época do Barcelona, derrubou-os moralmente.

A aposentadoria de Diego Maradona e carreira como treinador

Depois de deixar o futebol, Maradona passou por diferentes fases. Ele foi treinador – uma posição que ocupou até recentemente – dirigente do Boca, comentarista e apresentador de televisão, além de estrelar muitos anúncios.

Aposentadoria de Diego Maradona e carreira como treinador

Imagem: Antena 2 México.

Além disso, ele também se juntou ao grupo de ex-jogadores de futebol que aparecem nas ocasiões de gala da FIFA desde que Gianni Infantino assumiu.

Com Joseph Blatter – o ex-presidente – e seus antecessores, ele sempre teve um relacionamento muito ruim. De fato, Maradona sempre atacou o órgão máximo do futebol publicamente.

Em relação a sua vida pessoal, o seu vício em drogas o assombrou e colocou a sua vida em xeque mais de uma vez.

Ao mesmo tempo, os seus relacionamentos amorosos e o aparecimento de muitos filhos ainda não reconhecidos obscureceram a sua imagem pública em grande medida. Mesmo assim, ele ainda é muito cultuado pelos amantes do futebol.

Com suas virtudes e erros, Diego Maradona teve uma extraordinária carreira esportiva, apesar dos anos sem poder jogar.

Desde que ele deixou os campos, a sua face mais humana vem sendo mostrada. Problemas e fracassos surgiram e ele teve dificuldade para superá-los em mais de uma ocasião. No entanto, como ele mesmo disse no dia da sua aposentadoria, ‘a bola não fica manchada’.


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